Após dois dias de rumores por vezes contraditórios, a ministra dos Transportes, Miri Regev, indicou que o aeroporto internacional Ben Gurion de Telavive vai continuar aberto, mas que apenas os passageiros que tenham comprado bilhetes de avião antes das 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) de hoje poderão partir para o estrangeiro.
Àquela hora, 14:00 em Israel, entram em vigor as novas medidas restritivas anunciadas na quinta-feira pelo Governo israelita face ao aumento contínuo do número de pessoas infetadas no país.
"À chegada ao aeroporto, deve ser apresentada uma referência que comprove a data de compra do bilhete (...) e um controlo de coronavírus negativo de acordo com as exigências do país de destino", adiantou a ministra num comunicado.
Os israelitas serão autorizados a entrar em Israel "sem restrições", precisou Regev, sem referir a situação dos trabalhadores estrangeiros ou das pessoas com estatuto de residente em Israel que até agora continuavam a poder entrar no país ao contrário dos turistas.
A situação sanitária deteriorou-se em Israel, que se tornou o país com a maior taxa de contaminação do mundo nas últimas duas semanas, segundo os dados da agência France-Presse.
Face a este aumento do contágio, o Governo israelita voltou a impor na semana passada o confinamento em todo o país, durante "pelo menos três semanas", e anunciou na quinta-feira um reforço das medidas que entram em vigor hoje às 14:00.
As sinagogas serão encerradas, exceto para as celebrações do Yom Kipur (Dia do Perdão, celebrado no domingo à noite e na segunda-feira), apenas os setores considerados "essenciais" poderão continuar a laborar e as manifestações e orações no exterior estão limitadas a 20 pessoas, que deverão estar a menos de um quilómetro do seu domicílio.
Israel, com quase nove milhões de habitantes, já registou mais de 200.000 infetados desde o início da pandemia, incluindo 1.335 mortos.
A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro na China, já provocou pelo menos 978.448 mortos e quase 32 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço da AFP.