O número indicado agora pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) é superior à estimativa anterior que, no início de agosto, apontava para uma redução de 14 milhões de postos de trabalho na região.
O diretor da OIT para a América Latina e Caraíbas, Vinicius Pinheiro, citado pela agência Associated Press, considerou tratar-se de "um desafio sem precedentes".
Vinicius Pinheiro disse que o terceiro trimestre registou uma recuperação da atividade económica e, segundo dados preliminares, uma tentativa de recuperação do emprego.
O responsável adiantou que a região enfrenta problemas estruturais como baixa produtividade, desigualdade de rendimentos e uma grande percentagem de trabalhadores ilegais.
Os números da OIT baseiam-se em dados de nove países que representam 80% da força de trabalho da região.
A OIT aponta a América Latina e as Caraíbas como a região mais atingida em termos de jornada de trabalho perdida, com uma queda de 20,9% nos três primeiros trimestres do ano, perante uma média de 11,7% no mundo.