Num comunicado enviado à Lusa, a médica, também membro do Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder) lamenta a falta de solidariedade dos camaradas de partido e afirma estar atualmente sem meios para pagar as suas despesas quotidianas, depois de ver as suas contas congeladas.
Em relação ao marido, que se encontra em prisão preventiva na cadeia de Viana por suspeita dos crimes de peculato, branqueamento de capitais e tráfico de influências, envolvendo uma conta de 900 milhões de dólares (cerca de 770 milhões de euros) também congelada na Suíça, Irene Neto afirma ser "um cidadão honrado e cumpridor das leis angolanas" que está preso apenas por ter tido "sucesso".
Irene Neto acusa as autoridades de alimentarem "um circo mediático" contra a sua família e diz que o marido é vítima de um julgamento "criado artificialmente e alimentado por setores bem identificados".