"O Parlamento Europeu quer prestar homenagem a todos aqueles que perderam as suas vidas em busca da verdade. Tenho a honra de anunciar a criação do Prémio Daphne Caruana Galizia de Jornalismo, por trabalhos notáveis de jornalismo centrados nos princípios e valores da UE [União Europeia]", anunciou o presidente da assembleia europeia, David Sassoli.
Numa publicação feita na rede social Twitter, o responsável italiano notou que, "para garantir a sua independência e liberdade de imprensa, o Prémio Daphne Caruana Galizia de Jornalismo será organizado sem qualquer intervenção política".
Para isso, "o vencedor será selecionado por um júri independente", acrescentou.
David Sassoli defendeu, ainda, que "a proteção da liberdade de imprensa é do interesse vital da democracia".
Entretanto, em comunicado de imprensa, o Grupo dos Verdes / Aliança Livre Europeia reivindica a autoria do prémio, explicando estar em causa um reconhecimento monetário de 20 mil euros para um jornalista ou uma equipa de jornalistas europeus que produza artigos sobre "temas de interesse ligados aos valores protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da UE".
Ainda segundo os Verdes europeus, a avaliar os trabalhos estará um júri composto por jornalistas independentes.
A jornalista Daphne Caruana Galizia, que investigava casos de corrupção na elite política e empresarial do país, foi morta a 16 de outubro de 2017 com um engenho explosivo colocado no seu carro.