O texto passa a ser denominado "projeto-lei que reforça o laicismo e os princípios republicanos", declarou o ministro do Interior francês, Gerald Darmanin, numa entrevista radiofónica.
Darmanin explicou que apesar do propósito da lei ser o combate ao radicalismo islâmico também procura "combater todos os movimentos sectários" e reforçar a legislação da França que mantém a neutralidade religiosa do Estado desde 1905.
O ministro acrescentou que as associações culturais ou sociais que procurem financiamento ou apoio material público "devem respeitar em absoluto os valores da República e as exigências mínimas da vida em sociedade", sobretudo se os membros que as integram tenham antecedentes por terrorismo ou radicalização.
Na sexta-feira, o Presidente francês, Emmanuel Macron, apresentou o projeto-lei que vai ser aprovado na final desta semana, com o objetivo de limitar a influência do islamismo radical nas mesquitas, associações ou nos transportes públicos.
Macron assegurou que "não se pretende estigmatizar os milhões de muçulmanos que vivem em França" mas sim consolidar os "princípios republicanos" do laicismo de Estado e igualdade de todos perante a lei.