Depois de há 10 dias terem sido impostas novas medidas em Marselha e Guadalupe, na terça-feira também em Paris e nos subúrbios da capital francesa entraram em vigor mais restrições.
Na quinta-feira, o ministro da Saúde, Olivier Véran, fará um balanço da situação da pandemia no país, podendo aumentar o número de cidades em "alerta máximo"
"Em locais onde [o vírus] circula muito rápido, em particular onde circula entre os idosos, que são os mais vulneráveis, e onde há cada vez mais camas de hospital ocupadas, devemos avançar com mais restrições, como por exemplo já acontece em Bouches-du-Rhône, em Paris ou nos subúrbios", afirmou Emmanuel Mácron, durante uma entrevista televisiva.
O chefe de Estado francês descartou, contudo, uma nova limitação nas viagens, salientando que essa não é estratégia que está a ser adotada.
Segundo Mácron, as pessoas têm de entender que este "não é um tempo normal" e não será durante muitos meses.
De acordo com a Agência de Saúde Pública (ASP) francesa, o número de novos casos positivos de covid-19 disparou hoje em França com o registo de 18.746, depois de na véspera terem sido reportados 10.489.
Com estes números, sobem para 653.509 os contágios registados em França desde o início da pandemia do novo coronavírus, tendo sido contabilizadas também 32.445 mortes, 80 delas nas últimas 24 horas.
A taxa de casos positivos nos testes de diagnóstico também subiu, no mesmo período, uma décima, para os 9,1%.
Nos últimos sete dias foram hospitalizadas mais 4.625 pessoas por complicações relacionadas com a covid-19, tendo 919 delas sido internadas nas unidades de cuidados intensivos.
Segundo a ASP, existem 1.267 focos ativos de contaminação em todo o país (mais 96 do que no dia anterior), 239 deles em lares de idosos e centros de cuidados paliativos.
Dos 101 departamentos franceses, 67 estão em situação de vulnerabilidade elevada devido à forte circulação do coronavírus, número que não sofreu alterações relativamente aos dados avançados terça-feira.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e um mil mortos e mais de 35,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.040 pessoas dos 81.256 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.