Donald Trump anunciara hoje que se recusaria a participar num frente-a-frente virtual, depois de o organismo não partidário que organiza os debates ter ditado essa regra para o segundo confronto, marcado para dia 22, face à contaminação com o novo coronavírus por parte do Presidente e candidato republicano.
Horas depois foi a vez de a candidatura do democrata Joe Biden dizer que, perante a postura de Trump, também não participaria no segundo debate, apesar de inicialmente estar disponível para o formato virtual, sugerindo o seu adiamento por uma semana.
Agora, os dois candidatos parecem estar de acordo em pedir à organização dos debates que estavam marcados para os dias 15 e 22 sejam adiados por uma semana, esperando que o novo calendário já permita a presença de ambos em palco.
O diretor da campanha republicana, Bill Stepien, disse que Trump quer manter os dois debates em falta, alegando que "os norte-americanos merecem ouvir diretamente dos dois candidatos, nessas datas".
Também a candidatura de Biden parece mais confortável com o adiamento, do que na insistência num debate virtual ou no seu cancelamento, pedindo para ser mantido o formato inicialmente previsto para o segundo confronto, que se realiza em Miami, na Florida, em que, em vez de um moderador, os candidatos respondem a perguntas colocadas por um painel de eleitores.
"Esperamos que a Comissão de Debates adie a reunião com os eleitores de Trump e Biden para o dia 22 de outubro, para que o Presidente não possa evitar essa responsabilização. Os eleitores devem ter a oportunidade de fazer perguntas diretamente aos dois candidatos", disse Kate Bedingfield, diretora da candidatura democrata, lembrando que, desde 1992, todos os candidatos presidenciais se submeteram a esse formato.
O terceiro debate está marcado para Nashville, Tennessee, e os candidatos pedem agora para que seja adiado para dia 29, a apenas cinco dias das eleições presidenciais, marcadas para 03 de novembro.