Mais quatro cidades francesas colocadas em zona de alerta máximo

Mais quatro cidades do leste e norte da França vão passar a partir de sábado a zona de alerta máxima devido à degradação dos indicadores da epidemia de covid-19, anunciou hoje o ministério da Saúde francês.

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Lusa
08/10/2020 19:08 ‧ 08/10/2020 por Lusa

Mundo

Pandemia

A classificação de alerta máximo, já em vigor para as cidades de Aix-Marseille (sudeste), Paris e para a ilha de Guadalupe (Antilhas francesas), será agora aplicada a Lyon, Grenoble, Saint-Etienne e Lille, e implica o reforço das medidas sanitárias.

Para além dos bares encerrados e de um protocolo sanitário reforçado nos restaurantes, a passagem para zona de alerta máxima significou para Paris o encerramento das feiras, pavilhões e circos, com medidas mais limitadas nos centros comerciais, grandes lojas e anfiteatros universitários, e ainda o encerramento das piscinas aos adultos e as portas fechadas para os ginásios.

A classificação de alerta máximo poderá ainda ser decidida "até segunda-feira" para as cidades de Toulouse (sudoeste) e Montpellier (sul), acrescentou o ministro Olivier Véran na sua conferência de imprensa semanal.

Por sua vez, os hospitais e clínicas da região parisiense devem preparar-se para "uma vaga muito forte" de novos doentes de covid-19, declarou hoje à agência noticiosa AFP Aurélien Rousseau, diretor da Agência regional de saúde (ARS).

A partir de manhã de hoje foi ativado na região parisiense o "plano branco reforçado", que permite aos estabelecimentos de saúde desprogramas as atividades cirúrgicas.

"Uma decisão pesada", que "pretende dizer que vamos observar uma vaga muito forte e que é necessário mobilizar todas as forças para a batalha", preveniu Rousseau.

"Não é banal, isto deve alertar cada um para o facto de o impacto hospitalar já está em reanimação e que vai ser muito poderoso sobre os outros serviços de hospitalização", insistiu.

Na quarta-feira, 2.439 "doentes covid" foram hospitalizados na região parisiense, incluindo 455 nos "cuidados intensivos", e que totalizam mais de 40% das camas de reanimação da região.

"Nos locais onde circula muito depressa, em particular onde circula entre pessoas idosas, que são as mais vulneráveis, e onde vemos cada vez mais camas ocupadas nas urgências, deveremos dirigir-nos para mais restrições", preveniu na noite de quarta-feira o Presidente Emmanuel Macron em entrevista às cadeias televisivas TF1 e France 2.

Diversas grandes cidades europeias também estão a adotar medidas similares como Bruxelas onde cafés e bares devem encerrar hoje, ou Berlim e Frankfurt, onde foi instaurado o recolher obrigatório.

De acordo com o último balanço, já morreram em França 32.445 pessoas desde o início da pandemia.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e cinquenta e sete mil mortos e mais de 36,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (211.844) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 7,5 milhões).

Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (148.228 mortos, mais de cinco milhões de casos), Índia (105.526, mais de 6,8 milhões de infetados), México (82.726, quase 800 mil infetados) e Reino Unido (42.592 mortos, mais de 561 mil casos).

A Rússia, com 21.939 mortos, é o quarto país do mundo em número de infetados, depois de EUA, Índia e Brasil, com mais de 1,2 milhões de casos, seguindo-se a Colômbia, com mais de 877 mil casos e 27.180 mortos, e o Peru, com quase 833 mil casos e 32.914 mortos.

Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (42.592 mortos, mais de 561 mil casos), seguindo-se Itália (36.083 mortos, mais de 338 mil casos), Espanha (32.688 mortos, mais de 848 mil casos) e França (32.445 mortos, mais de 653 mil casos).

Portugal contabiliza 2.050 mortos em 82.534 casos de infeção.

 

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