Através de uma carta aberta, citada pela Associated Press (AP), o Departamento da Saúde de Washington demonstra falta de confiança nos esforços da equipa médica da Casa Branca de rastrear os contactos, na sequência do surto do novo coronavírus que infetou o Presidente norte-americano, o republicano Donald Trump, vários oficiais seniores, pelo menos dois senadores, entre outros.
A missiva, que é coassinada por outras instituições de saúde locais, revela que os esforços da Casa Branca para rastrear este surto têm sido insuficientes.
"De acordo com o nosso entendimento preliminar de que houve um rastreamento de contactos limitado até à data, poderá haver outros funcionários e residentes em risco de exposição a indivíduos covid-19 positivos", explicita a carta.
Por isso, o Departamento da Saúde de Washington pediu a todas as pessoas que participaram num evento em 26 de setembro no Rose Garden da Casa Branca para contactarem as autoridades sanitárias locais sobre "a potencial necessidade de quarentena".
A missiva demonstra uma alteração na postura da autarca democrata Muriel Bowser, que não duvidava dos esforços da Casa Branca no rastreamento de possíveis infetados e na mitigação deste surto.
"Há protocolos de saúde pública estabelecidos na Casa Branca que são federais por natureza", explicitou Bowser na segunda-feira, acrescentado que assumia "que estes protocolos tenham sido colocados em prática".
Trump foi diagnosticado depois de testes médicos realizados na quinta-feira passada, 48 horas depois do debate com Joe Biden em Cleveland.
Apesar da distância de mais de dez metros entre os dois durante o debate televisivo, a situação obrigou Joe Biden a submeter-se a uma série de testes médicos antes de retomar a campanha eleitoral.
Donald Trump abandonou o Hospital Militar onde esteve internado na segunda-feira, antes de estar curado, tendo os médicos evitado fornecer mais detalhes sobre o estado de saúde do Presidente.
O isolamento para as pessoas que apresentem sintomas moderados de SARS CoV-2 deve prolongar-se durante pelo menos 10 dias, de acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.