A decisão do tribunal foi tomada na sequência de vários pedidos de anulação de empresários da restauração de Berlim, que se opõem às restrições noturnas, impostas desde 10 de outubro.
Esta decisão pode ainda ser alvo de recurso no tribunal administrativo superior de Berlin-Brandenburg.
Na sexta-feira passada, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou, numa conferência de imprensa realizada depois de uma reunião com os presidentes de câmara das 11 maiores cidades da Alemanha - principais focos de propagação do novo coronavírus no país - que ia impor novas restrições se o número de infeções não estabilizasse em 10 dias.
O Governo alemão repetiu esta semana estar muito preocupado com a progressão dos contágios no país, sendo que o país registou, hoje, um novo recorde de casos, com mais 7.334 pessoas infetadas em 24 horas.
No total, o país regista mais de 352 mil infetados desde o início da pandemia e quase 9.800 mortes causadas pela covid-19.
Os bares e restaurantes da capital alemã ficam habitualmente abertos toda a noite nos fins de semana, recebendo dezenas de milhares de pessoas, pelo que o encerramento noturno destes estabelecimentos foi mais um duro golpe para a economia da cidade, já fortemente atingida pelo fecho de discotecas determinado há vários meses.
A vida noturna da capital alemã é uma componente essencial da economia da cidade, sendo que, só as discotecas, representaram mais de 1,5 mil milhões de euros em 2018.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e noventa e três mil mortos e mais de 38,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.