EUA. Menina de 10 morreu de fome, pais adotivos escondiam a comida

Pais adotivos negam maus-tratos, mas foram detidos. Menina tinha 10 anos e pesava pouco mais de 17 quilos.

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Notícias Ao Minuto
17/10/2020 15:47 ‧ 17/10/2020 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Maus tratos

Uma menina de 10 anos de idade morreu depois de sofrer tortura às mãos dos pais adotivos. Josie Ann Abney tinha pouco mais de 17 quilos de peso quando morreu, no passado dia 3 de outubro, num hospital do Missouri, no Texas.

A menina foi levada para o hospital depois dos pais terem dado o alerta para uma criança desmaiada. De acordo com a imprensa local, a menina estava tão magra e fraca que o agente do condado de Dent que a encontrou disse que "ela parecia uma vítima do Holocausto".

O detetive descreveu ainda ter visto ferimentos e nódoas negras nas pernas, braços e no peito.

Depois da morte da criança, a polícia obteve um mandado de busca para a casa dos pais adotivos, Susan Abney e Randall Abney, que tiveram ao seu cuidado mais de uma dezena de crianças (Josie foi a primeira e estava legalmente adotada). Os agentes encontraram uma fechadura no frigorífico e verificaram que a comida era mantida em armários altos, para que a criança não a pudesse alcançar.

O quarto da menina tinha apenas um colchão, que estava no chão, um candeeiro e um cesto para roupa. Randall Abney afirmou que a criança deixou de comer por sua vontade e que nunca foi fechada no quarto, mas Susan Abney contradisse estas afirmações e acrescentou que a fechavam no quarto sempre que saíam de casa porque tinham uma arma na residência. Ambos estão detidos.

Quando os detetives questionaram Susan sobre a razão pela qual não levou a filha ao médico, esta respondeu: "Não sei". O casal, que acolhe crianças que estão entregues ao estado norte-americano, tem acesso a subsídios e tem seguro de saúde pago, não existindo motivo para não levar Josie ao hospital. Mais tarde, Susan admitiu aos agentes que foi "estúpida" e que "tinha medo do que as pessoas pudessem pensar".

A comunidade local fez uma vigília em nome da menina e procurando alertar os seus membros para reportar possíveis casos de abusos infantil, algo que poderia ter salvo a vida a Josie.

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