Em comparação, o agente patogénico que causa a gripe sobrevive na pele por cerca de 1,8 horas, diz o estudo publicado este mês na revista Clinical Infectious Diseases.
"A sobrevivência de nove horas do SARS-CoV-2 (a estirpe do vírus que causa a doença covid-19) na pele humana pode aumentar o risco de transmissão por contacto em comparação com o IAV (vírus da influenza A ou influenza A), acelerando assim a pandemia", dizem os autores do estudo.
Os pesquisadores japoneses testaram amostras de pele retiradas de espécimes de autópsia cerca de um dia após a morte.
Tanto o coronavírus quanto o vírus da gripe são inativados em 15 segundos pela aplicação de etanol, usado em desinfetantes para as mãos.
"A maior sobrevivência do SARS-CoV-2 na pele aumenta o risco de transmissão por contacto, mas a higiene das mãos pode reduzir esse risco", afirmam os investigadores.
O estudo apoia as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a lavagem regular e completa das mãos para limitar a transmissão do vírus.
A covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos em 39,4 milhões de pessoas infetadas desde que o coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença, foi detetado pela primeira vez numa cidade do centro da China, em dezembro de 2019.