O voo PS 752, da Ukraine International Airlines, com destino a Kiev, despenhou-se pouco depois da descolagem em Teerão a 08 de janeiro, provocando a morte dos 176 passageiros e membros da tripulação, na maioria iranianos e canadianos.
Após três dias de desmentidos, as forças armadas iranianas reconheceram ter abatido o avião por erro, em pleno aumento das tensões entre os Estados Unidos e o Irão.
Segundo a agência noticiosa oficial do Irão, Irna, as conversações em Teerão estão a decorrer no Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano e vão prolongar-se até quarta-feira
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão, Said Khatibzadeh, indicou que as discussões centram-se sobre "a indemnização às famílias [das vítimas] e à companhia aérea".
Numa primeira ronda negocial, realizada em fins de julho em Kiev, as autoridades ucranianas deram conta de um "otimismo prudente" nas primeiras conversas.
No dia do acidente, as defesas aéreas iranianas estavam em estado de alerta máximo, face a crenças de um ataque norte-americano.
O Irão aguardava uma réplica militar de Washington após atacar uma base usada pelas forças armadas norte-americanas no Iraque, em resposta à eliminação do general Qassem Soleimani, arquiteto da estratégia regional iraniana.
A autoridade da aviação civil iraniana argumentou que o "erro humano" na origem da catástrofe foi provocado por um "ajuste impróprio" de uma unidade e radar antiaéreo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kouleba, disse em julho esperar obter a maior compensação financeira possível com o objetivo de "minorar a dor e o luto" dos familiares das vítimas.