"Tudo o que se pode dizer de um chefe de Estado que trata milhões de membros de comunidades religiosas diferentes desta maneira é: faça primeiro exames de saúde mental", declarou Erdogan num discurso transmitido pela televisão.
Há duas semanas, Erdogan tinha considerado uma provocação as declarações de Macron sobre o "separatismo islamita" e a necessidade de "estruturar o islão" em França.
No início de dezembro deverá ser apresentado em França um projeto de lei sobre a luta contra "os separatismos", visando o islão radical. Pretende reforçar a laicidade e consolidar os princípios republicanos em França, contendo vários pontos suscetíveis de provocar tensão com a Turquia, como o controlo reforçado do financiamento das mesquitas ou a proibição da formação de imãs no estrangeiro.
Este contencioso vem juntar-se a uma longa lista de disputas entre Macron e o seu homólogo turco, que defende regularmente as minorias muçulmanas no mundo.
Desde as tensões no leste do Mediterrâneo ao conflito na Líbia, passado pelos confrontos em Nagorno-Karabakh, são várias as questões que atualmente opõem Paris e Ancara.