Estados Unidos opõem-se à escolha de nigeriana para liderar OMC

Os Estados Unidos bloquearam hoje o consenso necessário para designar a ex-ministra das Finanças da Nigéria Ngozi Okonjo-Iweala como diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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Lusa
28/10/2020 16:51 ‧ 28/10/2020 por Lusa

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Okonjo-Iweala foi proposta para assumir a liderança da OMC após terem terminado as consultas entre os 164 Estados-membros e de ter sido a candidata com mais apoios, quando disputava o cargo com a ministra do Comércio da Coreia do Sul, Yoo Myung-hee.

"Uma delegação não apoiou a candidatura de Okonjo-Iweala e disse que vai continuar a apoiar a candidata da Coreia do Sul. Essa delegação foi a dos Estados Unidos", anunciou o porta-voz da OMC, Keith Rockwell.

Após este bloqueio está previsto que todos os países membros se reúnam novamente no dia 09 de novembro para tomar uma decisão.

O resultado das eleições presidenciais de 03 de novembro nos Estados Unidos poderá ser determinante para este processo.

Observadores consideram que se Donald Trump for reeleito, a OMC vai entrar num período ainda mais crítico, sendo difícil prever quando estará terminado o processo de escolha do novo diretor-geral. Se houver uma mudança de liderança na Casa Branca, a nova administração entra em funções só em finais de janeiro.

A única saída seria uma votação, mas os países querem evitar essa opção.

"A grande preferência dos países é decidir por consenso e até 09 de novembro haverá consultas nesse sentido", explicou Rockwell.

A escolha do novo líder da OMC ocorre após a saída do brasileiro Roberto Azevedo, que deixou o cargo em finais de agosto, um ano antes de terminar o seu mandato, tendo sido anunciado depois que iria ocupar um cargo de dirigente numa multinacional.

O diplomata brasileiro deixou a liderança da OMC num momento crítico da organização por causa do bloqueio do seu principal mecanismo de resolução de conflitos, paralisado desde dezembro devido à recusa dos Estados Unidos em designar novos juízes.

Os Estados Unidos pedem uma reforma da organização e já ameaçaram mesmo deixá-la.

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