A multidão esperou horas em frente ao palácio para ver o rei Maha Vajiralongkorn e a rainha Suthida, a maioria envergando camisas amarelas, símbolo de lealdade à coroa, e muitos a exibir retratos dos monarcas e a agitar bandeiras tailandesas.
Questionado sobre o que diria aos manifestantes que têm vindo a exigir reformas da monarquia, o rei respondeu de forma breve, numa declaração sem precedentes feita aos órgãos de comunicação social.
"Amamo-los a todos da mesma forma", disse, ao Canal 4 do Reino Unido.
Sobre a possibilidade de fazer cedências face às reivindicações dos manifestantes, Vajiralongkorn respondeu: "a Tailândia é a terra do compromisso".
O casal foi recebido com vivas ao rei, tendo muitos beijado os pés do monarca, numa altura em que manifestantes pró-democracia exigem a reforma da instituição, uma reivindicação considerada histórica, num país com uma lei de lesa-majestade que prevê penas de prisão de três a 15 anos.
Vajiralongkorn ascendeu ao trono em outubro de 2016, com a morte do pai, o rei Bhumibol, que governou durante 70 anos, mas não herdou o respeito de que o progenitor gozava.
O opulento padrão de vida do monarca, que passa a maior parte do tempo na província alemã da Baviera, tem suscitado críticas durante a pandemia de covid-19, que atingiu duramente a economia tailandesa.
O rei regressou à Tailândia há cerca de um mês, para participar numa série de eventos, numa altura em que os protestos dos estudantes aumentaram em todo o país.
Além da reforma da monarquia, os estudantes exigem igualmente uma nova Constituição e querem ver reduzido o poder dos militares, responsáveis por 13 golpes de estado desde o fim da monarquia absoluta, em 1932.
O último foi liderado em 2014 por Prayut Chan-ocha, atual primeiro-ministro, que venceu as eleições de 2019, criticadas pela falta de transparência.