Líderes europeus solidarizam-se com Viena após ataque terrorista

Primeiros-ministros holandês e britânico e presidente francês já enviaram mensagens de solidariedade para a Áustria, depois de Viena ter sido palco de um ataque terrorista.

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© ROLAND SCHLAGER/APA/AFP via Getty Images

Anabela Sousa Dantas
02/11/2020 23:24 ‧ 02/11/2020 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Terrorismo

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, enviaram esta segunda-feira mensagens de solidariedade para a Áustria, depois da sua capital ter sido alvo de um ataque terrorista que, por esta altura, ainda não se encontra debelado pelas autoridades.

Emmanuel Macron indica que os franceses partilham "o choque e a tristeza dos austríacos", definindo a Áustria como "um país amigável que está sob ataque". "Esta é a nossa Europa. Os nossos inimigos têm que saber com quem estão a lidar. Não cederemos", indicou.

Recorde-se que a França foi alvo de um ataque terrorista na basílica da cidade de Nice, na quinta-feira da semana passada, resultando em três mortos. O autor é um tunisino de 21 anos, que tinha chegado pouco antes ao país. Duas semanas antes, um professor francês, Samuel Paty, foi degolado nos arredores de Paris por um jovem russo-checheno, por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, disse-se "profundamente chocado com os terríveis ataques em Viena". "O Reino Unido está com o povo da Áustria - estamos unidos convosco contra o terror".

Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, também exprimiu o seu apoio, através das redes sociais, falando de um "ataque terrível perto de uma sinagoga em Viena". "Acabei de encaminhar a total solidariedade dos Países Baixos a Sebastian Kurz [chanceler austríaco]. Os nossos pensamentos estão com as vítimas, com as suas famílias e com o governo austríaco, depois deste ato hediondo".

Sebastian Kurz também já recorreu às redes sociais para enviar condolências às famílias das vítimas, definindo o tiroteio como "um ataque terrorista horrível". O chanceler da Áustria agradeceu a solidariedade dos líderes europeus, afirmou que jamais cederão ao terrorismo e indicou que as forças armadas irão assumir algumas operações, para que a polícia se possa concentrar nos esforços anti-terroristas.

A polícia de Viena, recorde-se, confirmou para já a existência de vários suspeitos - sem confirmar quantos - armados com espingardas. O ataque começou às 20h00 [hora local, 19h00 em Lisboa] com disparos feitos perto de uma sinagoga e depois continuou em mais cinco outros locais. Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas com gravidade, incluindo um agente da polícia.

Um dos atiradores foi abatido pelas autoridades. Não foram dadas ainda indicações de detenções ou outras vítimas mortais. Está em curso uma operação terrorista em larga escala.

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