O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, enviaram esta segunda-feira mensagens de solidariedade para a Áustria, depois da sua capital ter sido alvo de um ataque terrorista que, por esta altura, ainda não se encontra debelado pelas autoridades.
Emmanuel Macron indica que os franceses partilham "o choque e a tristeza dos austríacos", definindo a Áustria como "um país amigável que está sob ataque". "Esta é a nossa Europa. Os nossos inimigos têm que saber com quem estão a lidar. Não cederemos", indicou.
Recorde-se que a França foi alvo de um ataque terrorista na basílica da cidade de Nice, na quinta-feira da semana passada, resultando em três mortos. O autor é um tunisino de 21 anos, que tinha chegado pouco antes ao país. Duas semanas antes, um professor francês, Samuel Paty, foi degolado nos arredores de Paris por um jovem russo-checheno, por ter mostrado caricaturas do profeta Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.
Wir, Franzosen, teilen den Schock und die Trauer von der Österreicher nach einer Angriff in Wien. Nach Frankreich ist es ein befreundetes Land, das angegriffen wird. Dies ist unser Europa. Unsere Feinde müssen wissen, mit wem sie es zu tun haben. Wir werden nichts nachgeben.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) November 2, 2020
Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, disse-se "profundamente chocado com os terríveis ataques em Viena". "O Reino Unido está com o povo da Áustria - estamos unidos convosco contra o terror".
I am deeply shocked by the terrible attacks in Vienna tonight. The UK’s thoughts are with the people of Austria - we stand united with you against terror.
— Boris Johnson (@BorisJohnson) November 2, 2020
Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, também exprimiu o seu apoio, através das redes sociais, falando de um "ataque terrível perto de uma sinagoga em Viena". "Acabei de encaminhar a total solidariedade dos Países Baixos a Sebastian Kurz [chanceler austríaco]. Os nossos pensamentos estão com as vítimas, com as suas famílias e com o governo austríaco, depois deste ato hediondo".
A terrible attack near a synagogue in Vienna. I have just conveyed full solidarity from the Netherlands to @sebastiankurz. Our thoughts are with the victims and their families, and with the Austrian government in dealing with this heinous act.
— Mark Rutte (@MinPres) November 2, 2020
Sebastian Kurz também já recorreu às redes sociais para enviar condolências às famílias das vítimas, definindo o tiroteio como "um ataque terrorista horrível". O chanceler da Áustria agradeceu a solidariedade dos líderes europeus, afirmou que jamais cederão ao terrorismo e indicou que as forças armadas irão assumir algumas operações, para que a polícia se possa concentrar nos esforços anti-terroristas.
Damit sich die Polizei ganz auf die Terrorismusbekämpfung konzentrieren kann, hat die Bundesregierung entschieden, dass das Bundesheer den bisher durch die Polizei durchgeführten Objektschutz in Wien ab sofort übernehmen wird.
— Sebastian Kurz (@sebastiankurz) November 2, 2020
A polícia de Viena, recorde-se, confirmou para já a existência de vários suspeitos - sem confirmar quantos - armados com espingardas. O ataque começou às 20h00 [hora local, 19h00 em Lisboa] com disparos feitos perto de uma sinagoga e depois continuou em mais cinco outros locais. Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas com gravidade, incluindo um agente da polícia.
Um dos atiradores foi abatido pelas autoridades. Não foram dadas ainda indicações de detenções ou outras vítimas mortais. Está em curso uma operação terrorista em larga escala.