Centenas de polícias continuam em busca dos responsáveis pelos ataques que fizeram cinco vítimas mortais - incluindo um dos atacantes - no centro da cidade de Viena, que começou com um tiroteio por volta das 20h00 (19h00 em Lisboa), numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena.
As autoridades confirmaram durante a madrugada a morte de três civis - dois homens e uma mulher - e pelo menos 15 feridos, incluindo um agente policial. Contudo, a Broadcaster ORF, que cita a Reuters, reportou mais tarde a morte de um quarto civil, uma mulher.
Entretanto, o Ministério do Interior austríaco confirmou essa informação. "Infelizmente, uma nova vítima morreu no hospital. Isso eleva o número total de mortos para dois homens e duas mulheres", disse um porta-voz do ministério à agência de notícias AFP, somando-se ainda a morte de um agressor. Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas no ataque, segundo a agência de notícias AP.
A agência de notícias austríaca (APA) avança ainda que sete dos feridos no ataque se encontram em estado crítico e em risco de vida, adiantando também que terão sido detidas, em Sankt Pölten, duas pessoas relacionadas com os ataques.
Ao final da manhã, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou que há um "jovem português" entre os feridos. Trata-se de um luso-luxemburguês e está hospitalizado.
Numa conferência de imprensa televisiva esta manhã, o ministro do interior austríaco, Karl Nehammer, voltou a pedir à população que se mantenha em casa.
Nehammer disse que um dos atacantes, que usava um cinto com explosivos - que acabou por se revelar falso - foi morto a tiro pela polícia. "É uma pessoa radicalizada que se sentia próxima do Estado Islâmico", disse. Já teria, aliás, sido condenado por terrorismo. Pelo menos um segundo atacante fugiu.
O ataque, o primeiro em Viena em 35 anos, começou com um tiroteio por volta das 20h00 (19h00 em Lisboa) numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena, então fechada, e muito próxima de uma área de bares muito frequentada.
Os atacantes deslocaram-se depois pelo centro da cidade, disparando sobre quem ocupava as esplanadas.
As autoridades montaram um enorme dispositivo de segurança para localizar pelo menos um terrorista que fugiu, com dezenas de agentes das forças especiais e especializadas em ações antiterroristas a participarem nos esforços de busca, que também inclui o controlo das fronteiras.
O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade.