A partir de sexta-feira, os cerca de 500 mil habitantes de Liverpool, no norte da Inglaterra, assim como os que trabalham na cidade, passarão a fazer testes regulares e rápidos para a covid-19, independentemente de apresentarem sintomas.
Cerca de 2.000 soldados serão destacados para organizar este programa, que começará no dia seguinte ao início do novo confinamento de quatro semanas no país, anunciado no sábado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
Os habitantes de Liverpool, uma das cidades mais afetadas pela segunda vaga do novo coronavírus, poderão beneficiar de diversos tipos de rastreios, inclusive um particularmente rápido, que indica os resultados em uma hora, sem recorrer a um laboratório.
"Estes testes ajudarão a identificar os milhares de pessoas na cidade que não apresentam sintomas, mas que podem infetar outras pessoas sem saber. Com base no sucesso obtido em Liverpool, buscaremos distribuir milhões desses novos testes rápidos até o Natal e capacitar as comunidades locais para usá-los para reduzir a transmissão nas suas áreas", disse Boris Johnson em um comunicado.
"Ainda estamos no começo, mas este tipo de teste em grande escala tem potencial para ser uma nova arma poderosa na nossa luta contra a covid-19", argumentou o líder conservador.
O Reino Unido é o país mais atingido na Europa pela pandemia, com quase 47.000 mortos. Mais de um milhão de pessoas testaram positivo para a covid-19 no país desde o início da pandemia.
O Governo, cujo programa de rastreio é amplamente criticado, anunciou que atingiu a sua meta de 500.000 testes por dia.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.