Conforme o indicado pelas autoridades de saúde, o número total de contágios passou para 44.246 e o de mortes para 655, ao somar 13 novos óbitos.
A situação no norte da Grécia é atualmente preocupante, em particular na cidade de Salónica, a segunda maior do país, com 1,1 milhões de habitantes.
Guikas Mayorkinis, um especialista em doenças infecciosas da comissão de especialistas que assessora o Governo, explicou que o aumento foi explosivo nessa cidade, com quatro vezes mais novos diagnósticos do que na capital, Atenas.
Salónica e a vizinha Serres foram as duas primeiras cidades a aplicar um novo confinamento perimetral, com o encerramento de todo o comércio -- exceto o da alimentação -, a restauração, o desporto e a cultura, além da proibição de sair da província, salvo em casos excecionais.
Por seu lado, em Atenas, entrou hoje em vigor o encerramento de restaurantes, do lazer e da cultura, embora nesta zona o comércio continue aberto e seja permitida a livre circulação.
O toque de recolher também se aplica em todo o país, das 00:00 às 05:00, enquanto em Salónica é proibido sair depois das 21:00.
A grande diferença em relação ao primeiro confinamento é que a educação primária e secundária permanece presencial, exceto em Salónica, onde os institutos mudaram para o ensino à distância.
O porta-voz do Governo, Stelios Petsas, não excluiu hoje que o confinamento se aplique também à capital se a situação não melhorar em breve.
Atualmente, uma média de 60% das camas das Unidades de Cuidados Intensivos reservadas para doentes covid-19 estão já ocupadas, e o ministro da Saúde, Vassilis Kikilías, anunciou hoje que a partir deste momento não é possível tirar folgas na saúde pública.
Nas últimas semanas, houve também problemas nos lares de idosos, que resistiram à primeira vaga da pandemia quase sem problemas.
Hoje, todos os 46 residentes de um lar em Janina, no norte do país, testaram positivo para a doença, assim como os nove membros da equipa de saúde.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.