Outras medidas restritivas, que o chefe do executivo deverá detalhar mais tarde e que deverão estar em vigor até 3 de dezembro, foram igualmente aprovadas, incluindo o encerramento de centros comerciais durante o fim de semana.
O primeiro-ministro italiano já tinha anunciado a imposição de um recolher obrigatório noturno a nível nacional na segunda-feira, em declarações no Parlamento, entre outras medidas restritivas para combater a pandemia.
Nessa altura, Conte afirmou que este não era o momento para impor um segundo confinamento geral em Itália, mas avisou que o Governo iria adotar, a nível nacional, "limites à circulação de pessoas à noite".
A Itália deverá distinguir "três zonas de risco" que terão medidas restritivas de gravidade gradual.
A colocação de uma região numa dessas categorias será decidida pelo Ministério da Saúde, levando em consideração o índice de transmissão do vírus, a presença de focos de contágio e a taxa de ocupação de camas nos hospitais.
As viagens para regiões de risco serão limitadas, exceto por motivos de saúde, trabalho ou estudo.
Além disso, o país também deverá introduzir outras medidas a nível nacional, como mais ensino à distância, capacidade máxima reduzida para 50% nos transportes públicos, encerramento de centros comerciais aos fins de semana, encerramento de museus e exposições e proibição de jogos de vídeo em bares e cafés.
Há uma semana, a Itália fechou os cinemas, teatros, ginásios e piscinas e proibiu os restaurantes e bares de receberem clientes depois das 18:00.
O país contabilizou 28.244 novos contágios pelo novo coronavírus num só dia, segundo os dados mais recentes, divulgados na terça-feira, um valor que se mantém elevado, mas que ficou abaixo dos 31 mil casos diários verificados na semana passada.
Desde o início da pandemia no país, em 21 de fevereiro, a Itália contabilizou 759.829 casos de covid-19, de acordo com o último balanço das autoridades italianas.
A pressão sobre os hospitais italianos continua a aumentar: dos atuais 418.142 casos ativos de covid-19 no país, mais de 23.000 estão hospitalizados e 2.225 são doentes que estão em unidades de cuidados intensivos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos e mais de 46,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.