Dois dias depois das eleições, nenhum dos candidatos conseguiu os 270 votos do Colégio Eleitoral necessários para assegurar a entrada na Casa Branca, mas segundo as projeções Biden leva vantagem, com 264 votos de Colégio Eleitoral contra 214 de Donald Trump.
Ao candidato democrata basta agora garantir os seis votos do estado de Nevada, para atingir a desejada meta dos 270 Grandes Eleitores e chegar à presidência.
Se Donald Trump mantiver a ligeira vantagem que ainda tem no Nevada, então tudo será decidido num de três estados no este: Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, onde a corrida também está muito renhida, com qualquer candidato a manter possibilidade de vitória.
O Alasca está ainda por contar, mas os três votos eleitorais deste estado são praticamente garantidos para Donald Trump (com 56% dos votos contados, o republicano tem 63% dos votos e deve manter ou aumentar essa vantagem).
Com apenas estes estados em disputa, o candidato republicano, Donald Trump, ameaça recorrer aos tribunais, contestando a legalidade de várias contagens de voto, procurando mudar o rumo das eleições a seu favor.
Numa comunicação na tarde de quarta-feira, Biden disse estar certo de que irá ganhar a Presidência dos EUA e prometeu unir o país.
"Vou governar não como um Presidente democrata, mas como um Presidente americano", disse Biden, numa declaração em que voltou a pedir a contagem integral dos votos, apesar dos protestos da candidatura republicana.
Os cerca de 400 juristas da candidatura de Donald Trump estão a interpor dezenas de processos judiciais contra a contagem de votos em vários estados, em particular na Pensilvânia, Michigan e Geórgia.
Na quarta-feira à tarde, numa conferência de imprensa, o advogado pessoal do Presidente, Rudy Giuliani, admitiu mesmo interpor um processo judicial a nível nacional, tentando impugnar as eleições.
Na Pensilvânia, com 89% dos votos contados, Trump leva uma vantagem de 164.000 votos sobre Biden, mas os votos que faltam ainda contar são de regiões onde os democratas geralmente superam os republicanos.
Na Geórgia, a vantagem de Trump sobre Biden é apenas de 23.000 votos, depois de ter sido de 100.000 há 24 horas, mostrando uma tendência de recuperação do democrata, que pode indicar uma vitória de Biden, no final das contas.
Na Carolina do Norte, com 15 delegados em jogo, Trump leva vantagem de 77.000 votos, quando já estão contados 95% de votos, mas os democratas ainda admitem uma vitória neste estado.
Nas ruas, as manifestações dividem-se entre os que defendem a contagem integral dos votos, alinhando com a posição de Joe Biden, e os que concordam com Donald Trump, temendo que esteja a haver um processo de "fraude eleitoral", desafiando as contagens oficiais que estão a ser anunciadas.