A França, onde o número de infetados e mortos está em rápido crescimento, é o último país a entrar nesta lista, anunciou a embaixada chinesa em Paris, acrescentando que a proibição será reavaliada "em função da evolução da situação epidémica".
Rússia, Itália e Etiópia também são afetadas por aquela medida e, esta semana, as embaixadas chinesas no Reino Unido, Bélgica, Índia, Filipinas, entre outros países, anunciaram que Pequim decidiu "suspender temporariamente" a entrada no território de cidadãos não chineses oriundos destes países.
A medida inclui pessoas com autorizações de residência válida para trabalho, assuntos pessoais e reagrupamento familiar.
Até à data, a embaixada chinesa em Portugal não comunicou uma decisão semelhante.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China defendeu decisões "razoáveis e justas", que "se inspiram nas práticas vigentes em muitos países".
Os primeiros casos do novo coronavírus foram detetados pela primeira vez na cidade de Wuhan, no centro da China, em dezembro passado, mas, com exceção de surtos esporádicos e localizados, a vida regressou ao normal no país asiático.
Perante a propagação da doença por todo o mundo, a China praticamente fechou as fronteiras, em 26 de março, permitindo a entrada de estrangeiros no país só em casos considerados essenciais.
Em setembro, a China voltou a permitir a entrada de estrangeiros com uma autorização de residência válida, sem a necessidade de pedir novo visto, e com a condição de cumprirem duas semanas de quarentena num centro designado pelas autoridades.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,2 milhões de mortos em mais de 48,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 2.740 pessoas dos 161.350 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.