Manifestantes na Casa Branca aplaudem emocionados declaração de Biden

Os cidadãos norte-americanos frente aos jardins da Casa Branca, em Washington, aplaudiram fortemente o discurso de Joe Biden que, mais uma vez, disse estar confiante na vitória e pediu calma e paciência.

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© Samuel Corum/Getty Images

Lusa
07/11/2020 05:29 ‧ 07/11/2020 por Lusa

Mundo

Presidenciais nos EUA

As várias dezenas de pessoas que se juntaram no ponto mais próximo que um cidadão norte-americano pode estar da Casa Branca, principal símbolo do poder político dos Estados Unidos, escutaram às 22:30 (03:30 de hoje em Lisboa) a quarta declaração de Joe Biden depois do fecho das urnas, no dia 03 de novembro.

Os manifestantes acompanharam a declaração que Biden fez mais uma vez a partir da sede de campanha em Wilmington, Delaware através de um sistema de som ligado a um telemóvel sintonizado na PBS (Public Broadcasting Service).

Visivelmente emocionados com o momento que esperavam ser a primeira declaração de vitória de Joe Biden, os apoiantes do partido democrata acataram o pedido de "calma e paciência" do candidato que espera ainda os resultados da votação nos estados da Pensilvânia, do Arizona, da Georgia e do Nevada.

Biden referiu-se à "situação dramática" provocada pela pandemia de covid-19 e, sem nunca pronunciar o nome do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a primeira medida que vai tomar é minimizar os efeitos da crise sanitária, se for eleito, como disse confiar.  

  "Creio que foi um discurso muito inspirador. Eu estou à espera da vitória. Eu penso que Donald Trump vai ter de se ir embora. O povo já falou e ele não pode fazer disto uma ditadura em vez de respeitar a democracia. Nós não temos ditaduras na América", disse à Lusa Frederick Blake, apoiante democrata que com a família aplaudiu as palavras de Joe Biden.

No final a declaração foi fortemente aplaudida pelos presentes que vão manter a vigília frente à Casa Branca, no centro da capital dos Estados Unidos.

"As pessoas vão ficar aqui até ele (Donald Trump) se ir embora", acrescentou Frederick Blake.  

Na muita aguardada declaração, Biden disse ainda que "como Presidente" vai representar todo o país, sublinhando que o trabalho vai "ser duro" tanto para aqueles que votaram no Partido Democrata, como para aqueles que votaram contra.

Joe Biden afirmou que o trabalho que confia ter pela frente é representar todos num contexto de crise sanitária, enfrentar os problemas económicos, as "questões para resolver no sistema de justiça" tendo também referido que está preocupado com as alterações climáticas.

Ao afirmar que está a ser o Presidente mais votado na história dos Estados Unidos, Biden dirigiu-se ao eleitorado afirmando que existem condições para se construir o futuro "dos filhos e dos netos" dos norte-americanos.

O ex-vice-Presidente de Barack Obama terminou com a afirmação de que está otimista em relação ao futuro dos Estados Unidos como "uma nação do século XXI".

Para isso, referiu, os norte-americanos só têm de se lembrar de quem são, frisando que coletivamente os cidadãos dos Estados Unidos conseguiram sempre fazer tudo o que se propuseram realizar.

No final, saudou as tropas norte-americanos e prometeu voltar a pronunciar-se nas próximas 24 horas.

Minutos antes da declaração escutada, na 16th St NW, a rua que termina nas traseiras da Casa Branca, um grande desfile de carros conduzidos por apoiantes de Joe Biden circularam ruidosamente à volta do quarteirão com música contra Donald Trump.

Após a declaração de Biden, as pessoas mantiveram-se em silêncio, dizendo que vão aguardar pacientemente os resultados "como em qualquer país democrata".

Apesar da paciência, um grupo de "mulheres indignadas do estado de Indiana" manteve empunhados os cartazes contra Trump, que tem ao longo dos últimos dias acusado, sem apresentar provas, existência de fraude eleitoral, sobretudo na contagem dos votos por correspondência e que tenta impugnar, provocando a revolta dos eleitores democratas.

"Vai-te embora fascista", gritou "pacientemente" uma mulher revoltada do Indiana, dirigindo-se ao edifício da Casa Branca.

 

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