"Ladrões", "corruptos", "fraude". Trump de novo no Twitter (com citações)

Presidente cessante volta a manifestar-se através das redes sociais para fazer alegações não substanciadas de fraude eleitoral.

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© REUTERS/Tom Brenner

Notícias Ao Minuto
08/11/2020 16:16 ‧ 08/11/2020 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Presidenciais nos EUA

Donald Trump ainda não fez nenhuma declaração ao país desde que Joe Biden foi declarado o presidente eleito dos Estados Unidos, anúncio feito este sábado, após confirmada vitória no estado da Pensilvânia. Porém, já recorreu duas vezes ao Twitter, onde continua a recusar a ideia de ter sido derrotado, bradando acusações de fraude eleitoral, ainda que sem qualquer prova.

Este domingo, o líder republicano publicou uma sucessão de citações de Newt Gingrich, antigo presidente republicano da Câmara dos Representantes, e de Jonathan Turley, um advogado com ligações a Trump, sendo que ambos alinham com a teoria de fraude. Todos os 'tweets' foram sinalizados pela rede social.

"Acreditamos que estas pessoas são ladras", terá dito Newt Gingrich, falando numa "eleição roubada", segundo o "melhor investigador da Grã-Bretanha". "Onde importavam, roubaram o que tinham a roubar", pode ler-se.

Já as palavras atribuídas a Jonathan Turley apelam que se "olhe para o votos". "Estamos apenas a começar a fase certificação. Devíamos olhar para estas alegações. Estamos a ver vários depoimentos de fraude eleitoral. Temos um historial neste país de problemas nas eleições", indicou. Nos últimos 20 anos, indica a plataforma Axios, foram registadas 31 recontagens - em mais de 5.700 eleições estaduais. Três dessas recontagens mudaram os resultados, mas alterando a margem de diferença entre candidatos por apenas 239 a 440 votos.

O causídico cita o caso da Pensilvânia, onde um juiz ordenou que se separassem o votos por correspondência dos restantes, embora esta ação não tenha qualquer impacto na contagem final.

"Se há um problema no sistema com a autenticação, isso iria afetar seriamente toda a eleição", acrescentou, levantando suspeitas sobre problemas nos sistemas de autenticação de boletins de voto que não foram provados. Uma responsável da Comissão Federal de Eleições (FEC, em inglês) assegurou que "não há evidência de fraude" nas eleições presidenciais.

O democrata Joe Biden derrotou ontem o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais e deverá tornar-se o 46.º presidente dos Estados Unidos. Com 74,5 milhões de votos contabilizados até ao momento, o democrata Joe Biden é o candidato presidencial mais votado da história dos Estados Unidos. O presidente incumbente, Donald Trump, recebeu 70,3 milhões de votos.

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