Vários líderes republicanos, incluindo o líder da maioria no senado, Mitch McConnell, apoiam os esforços de Donald Trump para contestar os resultados das eleições presidenciais que deram a vitória ao democrata Joe Biden.
Poucos líderes no Partido Republicano reconhecem a vitória de Biden ou condenam as ações que Trump está a levar a cabo na Casa Branca, apesar de ter sido derrotado, como a demissão do secretário de Defesa, Mark Esper.
Por outro lado, o procurador-geral, William Barr, autorizou o Departamento de Justiça a investigar as alegações de fraude eleitoral, enquanto Mitch McConnell se refere a esta situação como normal.
"As nossas instituições foram criadas para isso", disse McConnell, acrescentando que o "sistema em vigor deve considerar as preocupações apresentadas pelo Presidente Trump, que está totalmente no seu direito de querer investigar as alegações de irregularidades".
O líder democrata no senado, Chuck Schumer, respondeu a esta posição dos republicanos, dizendo que a recusa em aceitar os resultados eleitorais era "extremamente perigosa, extremamente venenosa para a democracia" norte-americana.
"Joe Biden venceu as eleições de forma justa", disse Schumer.
Ao mesmo tempo, a equipa de Biden que prepara a transição de poder está a ver os seus esforços dificultados pela administração de Trump, que adiou o início formal dessa fase, impedindo que as equipas do Presidente eleito tenham acesso às agências federais.
Os responsáveis federais alegam que ainda não foi determinado um vencedor das eleições presidenciais, explicando que há recontagens de votos em curso e contestações legais de resultados, pelo que a transição de poder não pode ser iniciada.
Funcionários da Casa Branca têm dado instruções aos responsáveis das agências federais para não colaborarem com o planeamento da transição de poder, até que haja resultados oficiais das eleições, de acordo com fontes citadas pelos 'media' norte-americanos.
Um alto funcionário do Governo disse que o diretor de 'staff' presidencial, John McEntee, que foi assessor pessoal do Presidente, está a enviar mensagens aos departamentos de Estado dizendo que devem afastar os assessores nomeados que estejam a procurar novos empregos, antecipando a transição de poder.
Contudo, alguns funcionários de departamentos estão a mobilizar-se para que Biden assuma o poder em 20 de janeiro, criando condições para que o Presidente eleito possa trabalhar nessa transição.
Os serviços secretos dos EUA e a Administração Federal de Aviação estenderam uma restrição de voos sobre a residência pessoal de Joe Biden, em Wilmington, Delaware, até ao dia da posse e o destacamento de segurança de Biden também foi reforçado com agentes da Divisão de Proteção Presidencial.