O país que é o segundo maior poluidor do mundo, depois da China, e o maior poluidor da História já se tinha retirado momentaneamente durante o primeiro mandato (2016-2021) do republicano na Casa Branca, o que foi revertido depois pelo democrata Joe Biden.
"O 'boom' das energias limpas - no valor de cerca de dois mil milhões de dólares só no ano passado, e ainda em crescimento - é o negócio económico da década para o crescimento. Aproveitá-lo significa grandes lucros, milhões de empregos na indústria e ar limpo", defendeu Stiell, em comunicado.
O responsável considerou que ignorar este cenário é "deixar esta riqueza para as economias concorrentes, enquanto os desastres ambientais - secas, incêndios florestais e mega tempestades - serão cada vez piores, destruindo propriedades e empresas, pesando sobre a produção de alimentos e causando inflação generalizada".
"Vamos perfurar como loucos", anunciou hoje o Presidente norte-americano durante o seu discurso de tomada de posse, reiterando a promessa da campanha eleitoral de aumentar a produção de petróleo e gás nos Estados Unidos, o primeiro produtor mundial, para fazer baixar os custos da energia.
A nova retirada do Acordo de Paris entrará em vigor um ano após o anúncio oficial.
A diretora executiva do Greenpeace Espanha, Eva Saldaña, já qualificou como uma "escolha antinatural" a decisão da retirada do Acordo de Paris e que colocará os Estados Unidos "numa situação marginal, ao mesmo nível que o Irão, a Líbia e o Iémen", outros países que também estão fora do compromisso que procura limitar o aquecimento global.
Os compromissos do Acordo de Paris, assinado pela grande maioria dos países do mundo, têm como objetivo evitar um aumento das temperaturas no final do século superior a 2 graus Celsius e esforçar-se por mantê-lo em 1,5 graus em relação aos níveis pré-industriais.
Trump já tinha ordenado a retirada do seu país do Acordo em junho de 2017, abandonando assim o pacto selado em 2015 na capital francesa durante a administração de Barack Obama (2009-2017).
No entanto, em 2020, Joe Biden, também no seu primeiro dia de mandato, assinou um documento que reintegrava os EUA no acordo.
A Casa Branca também anunciou hoje outras medidas, como a declaração de uma emergência energética para impulsionar a extração de petróleo no país, a eliminação dos subsídios que Joe Biden estabeleceu para a compra de veículos elétricos ou o fim dos arrendamentos de grandes parques eólicos.
Donald Trump foi hoje empossado como o 47.º Presidente dos Estados Unidos, numa cerimónia no Capitólio em Washington que marca o seu regresso para um segundo mandato na liderança da Casa Branca.
A cerimónia em Washington foi marcada pela presença de políticos internacionais populistas e de extrema-direita, mas com poucos responsáveis governamentais e sem líderes da União Europeia, à exceção da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
O político republicano foi Presidente entre 2017 e 2021, após perder a reeleição em 2020 para o democrata Joe Biden, a quem sucede agora no cargo.
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