China deteta Covid-19 em carne de porco importada de França

A China anunciou hoje ter encontrado vestígios do novo coronavírus em embalagens de carne de porco importadas de França, noticiou a imprensa local.

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Lusa
16/11/2020 07:43 ‧ 16/11/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Uma inspeção aleatória a uma embalagem de uma remessa de carne suína oriunda de França, e armazenada na cidade de Xiamen, no sudeste do país, deu positivo, após um teste de ácido nucleico.

As autoridades sanitárias indicaram que a remessa, de 25 toneladas no total, entrou no país pelo porto de Yangshan, em Xangai, a "capital" económica da China, e que a carne ainda não tinha sido colocada no mercado.

As autoridades lacraram e desinfetaram o local onde a carga estava armazenada.

Nos últimos meses, as autoridades chinesas detetaram vestígios do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em várias embalagens de produtos refrigerados, incluindo carne brasileira e camarão equatoriano, o que levou Pequim a apertar os regulamentos e medidas de controlo aplicadas sobre a importação de produtos congelados.

As autoridades disseram que um surto na cidade portuária de Qingdao, no nordeste do país, deveu-se ao contágio de dois estivadores que estiveram em contacto com mercadoria importada.

Para minimizar os riscos, a partir de hoje, Xangai anunciou que passa a ser obrigatório submeter todos os produtos congelados importados a análise e a desinfeção.

Nos últimos meses, testes a peixe congelado oriundo da Índia e da Indonésia ou a carnes brasileiras deram positivo para o novo coronavírus em inspeções realizadas pela China.

A China, onde os primeiros casos de covid-19 foram detetados, no final de 2019, conseguiu praticamente extinguir a doença, dentro do seu território, após aplicar restritas medidas de confinamento.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.313.471 mortos resultantes de mais de 54 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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