Biden teme mais mortes pela Covid-19 se Trump não colaborar em transição

O Presidente eleito dos Estados, o democrata Joe Biden, considerou hoje que "é possível que morram mais pessoas" por causa da pandemia se o atual Presidente, o republicano Donald Trump, continuar a bloquear o processo de transição.

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Lusa
16/11/2020 22:17 ‧ 16/11/2020 por Lusa

Mundo

EUA/Eleições

 

Se não houver a colaboração da administração de Trump para desbloquear a sucessão na Casa Branca, "é possível que morram mais pessoas" infetadas com o SARS-CoV-2, advertiu Biden, exemplificando com a urgência da preparação da distribuição de uma eventual vacina.

"Se tivermos de esperar até 20 de janeiro [dia para o qual está agendada a tomada de posse do próximo Presidente] para começar a planear, isso faz-nos começar um mês, um mês e meio, atrasados", completou o democrata, enquanto discursava em Wilmington, Delaware.

Por essa razão, "é tão importante que esta coordenação" entre a atual administração norte-americana e a próxima tenha início "agora ou o mais rápido possível", insistiu o Presidente eleito.

O planeamento da distribuição de uma eventual vacina contra a covid-19 -- no momento em que as vacinas da Pfizer e da BioNTech e a da Moderna apresentaram resultados que anteveem a possibilidade de administração à população em geral -, é apenas uma das prioridades para o início do mandato de Biden, que vai ser o 46.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).

A criação de três milhões de postos de trabalho, em particular, nas áreas tecnológicas e associadas às energias renováveis, assim como o aumento do salário mínimo para os 15 euros por hora, são outras das intenções da futura administração Biden.

Contudo, o executivo do ainda Presidente dos EUA está a bloquear o processo de transição, enquanto a candidatura de Trump tenta, a todo o custo, reverter os resultados das presidências.

Fraude eleitoral perpetrada pelos democratas e a má contagem dos votos em vários estados considerados "chave" na corrida à Casa Branca, como, por exemplo, a Pensilvânia, o Arizona ou a Geórgia, estão entre os argumentos da candidatura do atual chefe de Estado, mas as acusações estão a 'cair por terra' por falta de evidências concretas.

Os estados visados já refutaram as acusações, mas Trump prolonga as insinuações infundadas na rede social Twitter.

No final da última semana, Trump chegou a admitir, durante a primeira conferência de imprensa depois de conhecidas as projeções que dão a vitória a Biden, que poderá não ser o vencedor das eleições.

Mais tarde, chegou a contemplar esta hipótese no Twitter, mas voltou atrás e às acusações de fraude eleitoral, declarando-se o vencedor.

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