Foi a 17 de novembro do ano passado que o mundo - pelo menos como o conhecíamos - mudaria para sempre. Neste dia, na cidade de Wuhan, na China, era diagnosticado o primeiro caso do novo coronavírus, doença que inicialmente poucos perceberam o quão grave poderia ser e que muitos duvidavam que se alastrasse mundo fora. Mas, 365 dias depois, está provado que o perigo foi menosprezado.
Hoje, o mundo vive uma pandemia sem precedentes desde a gripe espanhola, há mais de cem anos. A pandemia veio mudar a forma como socializamos, trabalhamos e veio pôr a claro a fragilidade dos sistemas de saúde da maioria dos países.
A identidade do doente zero é, ainda hoje, um mistério, embora se acredite que se tenha tratado de um homem, de 55 anos, natural da província de Hubei.
O primeiro caso aconteceu em novembro, mas só um mês depois é que as autoridades chinesas o reportaram como tratando-se de um caso de Covid-19. Os relatórios iniciais apontam a origem da pandemia para um mercado de animais vivos - o Huanan Seafood Wholesale Market.
Em dezembro, confirmava-se que o vírus se tinha espalhado e no final do mês o país alertava a Organização Mundial de Saúde para uma série de casos de pneumonia de origem desconhecida detetados em Wuhan, na província de Hubei. Ao longo do mês seguinte, surgiriam centenas de casos na China e no resto da Ásia. A Itália foi o primeiro país da Europa com um caso.
Em janeiro de 2019, registava-se a primeira morte. No dia 11 deste mês, um homem de 61 anos não resistiu à doença e tornava-se no primeiro de milhões que não sobreviveriam à doença provocada pelo vírus.
Um ano depois, a Covid-19 já fez, pelo menos, 1.319.561 mortos resultantes de mais de 54,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP, e continua a pairar a dúvida sobre quando será possível voltar à normalidade.