Países mais preparados para enfrentar Covid após década de "prosperidade"

A presidente executiva do Instituto Legatum defendeu hoje que um crescimento contínuo da prosperidade mundial na última década deu mais condições para os países enfrentarem e recuperarem da pandemia da covid-19.

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© Richard Baker/In Pictures via Getty Images

Lusa
17/11/2020 16:03 ‧ 17/11/2020 por Lusa

Mundo

Instituto Legatum

 

"Não existe uma boa altura para uma crise mundial de saúde mas, se houvesse uma, o progresso feito na última década em temos de crescimento da prosperidade em todo o mundo, em particular em países emergentes, criou uma situação melhor para lidar com ela", disse Philippa Stroud, durante a apresentação do relatório sobre o Índice Legatum da Prosperidade 2020. 

Segundo o relatório, este ano na sua 15.ª edição, 147 países dos 167 países avaliados registaram progresso na última década, melhorando as respetivas condições de saúde, educação e condições de vida.

Por exemplo, mais de 90% das mulheres em todo o mundo têm agora acompanhamento pré-natais e a taxa de frequência de ensino superior duplicou, de 31% em 2010 para 42%, as redes de telemóvel cobrem perto de 90% da população mundial e quase metade usa a Internet, contra 25% há 10 anos. 

Porém, os autores do relatório também encontraram problemas ao nível da governação e responsabilidade política, nomeadamente no Médio Oriente e Norte de África, e declínios em termos de liberdade de expressão e reunião na Europa de leste e África subsaariana.

O relatório também identificou uma pequena deterioração na prosperidade na América do Norte e estagnação na Europa ocidental, regiões desenvolvidas e dominantes no topo do índice

Na classificação de 2020, a Dinamarca retomou o primeiro lugar após três anos consecutivos atrás da Noruega, que caiu para a segunda posição, seguida pela Suíça. 

Portugal desceu para o 27.º, após cinco anos estável no 26.º lugar, pontuando bem na categoria de Liberdades Individuais, mas menos bem em termos de Qualidade Económica e Capital Social. 

Dos restantes países lusófonos, Cabo Verde foi o que ficou mais bem classificado (75.º lugar na tabela geral de 167 países), seguindo por São Tomé e Príncipe (98.º), Guiné Equatorial (131.º), Moçambique (142.º), Guiné-Bissau (147.º) e Angola (156.º). 

O Índice de Prosperidade é coligido pelo Instituto Legatum, sediado em Londres, que compara os níveis de riqueza e bem estar de países que representam 99,4% da população mundial.

A prosperidade é medida através de 12 categorias, incluindo Segurança, Ambiente de Investimento, Condições de Empreendimento ou Ambiente Natural. 

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