A partir de hoje, os trabalhadores sazonais vão poder chegar do estrangeiro e trabalhar durante as duas semanas que outras pessoas que chegam de fora do Reino Unido tem de ficar em quarentena para reduzir o risco de contágio com covid-19.
Porém, durante aquele período terão de "isolar-se da população em geral" e dos outros funcionários, trabalhando apenas num certo grupo, e terão de regressar ao país de origem até 31 de dezembro.
"O período antes do Natal é particularmente importante para os agricultores e produtores de alimentos que precisam de mais trabalhadores nas suas quintas para responder à procura ligada à época festiva", justificou o ministro da Agricultura, George Eustice.
A medida foi bem recebida pela associação britânica de criadores de aves (British Poultry Association), que tinha feito um apelo em outubro a este propósito para poder recrutar cerca de mil trabalhadores de países sobretudo da Europa do Leste, nomeadamente Polónia Roménia Hungria ou Bulgária.
"Há uma escassez de trabalhadores baseados no Reino Unido com a formação e qualificações necessárias para abater e processar perus de Natal", invocou na altura.
Segundo o governo britânico, cerca de 5.500 trabalhadores sazonais são recrutados anualmente para trabalhar em quintas e fábricas de processamento alimentar na Inglaterra antes do Natal.
O ministério dos Transportes tem uma lista de uma série de profissionais que não estão sujeitos a quarentena de 14 dias, como especialistas em esgotos ou telecomunicações, desportistas de alta competição ou pessoas envolvidas em grandes produções de cinema e televisão.
Durante o verão, também aliviou as regras e permitiu a entrada de trabalhadores sazonais para apanhar fruta e vegetais desde que ficassem isolados nas respetivas quintas.