Com 89 votos a favor e 23 contra, a Câmara Alta ratificou a reforma constitucional, que já tinha sido aprovada em setembro pela Câmara dos Deputados e que agora tem de ser validada pela maioria dos 32 congressos estaduais do México.
López Obrador assumiu o poder em 2018, através do Movimento de Regeneração Nacional.
A reforma altera o artigo 108 da Constituição, que estabelecia até agora que o presidente só podia ser acusado por traição à pátria e delitos graves enquanto estiver no cargo.
O novo texto passa a ser: "Pode ser acusado e julgado por traição à pátria, factos de corrupção, crimes eleitorais e todos os delitos pelos quais poderia ser julgado qualquer cidadão comum".
Esta mudança faz parte do combate à corrupção e a supressão de privilégios iniciada por López Obrador, que também já procurou vender o avião da Presidência e recusou viver na residência presidencial de Los Pinos.
López Obrador já convocou também um referendo para 2021 para os mexicanos decidirem se o governo deve investigar e, no seu caso, denunciar por corrupção ex---presidentes do país.
Outra intenção que já revelou é a convocação de um referendo para 2022, para que se decida se deve sair do cargo ou completar o mandato até 2024.