Antecipando-se a uma vacina no início de 2021, a Alemanha prepara-se para instalar centros de vacinação em centenas de lugares: salas de feiras, salas de concertos ou pistas de gelo e em velódromos, bem como o antigo aeroporto Tegel em Berlim.
A segunda vaga está a atingir, em particular, a Alemanha: 1.006.394 casos declarados (+22.806 nas últimas 24 horas) e 15.586 mortes (+426).
O Governo britânico anunciou hoje que pediu ao regulador da saúde (MHRA, sigla em inglês) para avaliar a vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford depois do presidente da farmacêutica ter anunciado que era preciso um "ensaio adicional".
Por seu lado, a Rússia começou a vacinar os militares, anunciou hoje o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, adiantando que mais de 400 mil soldados serão vacinados.
O Fundo Soberano Russo (RDIF) fechou um acordo com a Hetero, fabricante indiana de medicamentos genéricos, para produzir mais de 100 milhões de doses da vacina russa.
Os ensaios clínicos de Fase II e III da vacina Sputnik V estão atualmente a decorrer na Índia e a sua produção poderá começar já no início de 2021. Segundo o RDIF, cerca de 50 países já pediram mais de 1,2 mil milhões de doses da vacina russa que deverá ser produzida no Brasil, China ou Coreia do Sul. No Brasil, o Presidente Jair Bolsonaro afirmou que não será vacinado.
O rei da Espanha, Felipe VI, em quarentena desde segunda-feira depois de entrar em contacto com uma pessoa infetada com o novo coronavírus testou hoje negativo, mas permanecerá isolado por precaução.
Os países que registaram o maior número de novas mortes nos últimos relatórios são os Estados Unidos com 1.333 novas mortes, Itália (822) e Brasil (691).
A segunda vaga está a atingir bastante a Alemanha que vai aumentar as restrições até ao início de janeiro, com o encerramento de bares e restaurantes e restrições à participação de pessoas em reuniões privadas.
Depois de pedir à população para não viajar para o exterior no Natal, especialmente esquiar, a Alemanha defende ainda que a União Europeia devia proibir a abertura dos centros de desportos de inverno até 10 de janeiro.
Mas nem todos concordam. A Áustria prevê abrir as suas pistas e para a Finlândia não há dúvida de que o encerramento desferia um "golpe mortal" no turismo.
Em França, as estações podem reabrir durante as férias, mas os teleféricos permanecerão fechados.
Enquanto a Suíça reabriu as pistas, as estações de esqui italianas parecem cidades mortas, sem praticantes e com as lojas, hotéis e restaurantes fechados.
Por outro lado, os negócios vão reabrir na Bélgica a partir da próxima terça-feira, mesmo que a contenção parcial continue em vigor para continuar a queda na contaminação.
As consequências económicas também estão a ser pesadas para os restaurantes que em muitos países continuam fechados.
Em Sofia, capital da Bulgária, vários centros comerciais aproveitaram hoje o horário do dia de 'Black Friday' para fazer mais vendas, antes de encerrarem durante três semanas.
Em França, os restaurantes implementaram o "clique e receba" e a entrega. "Não faço nem 30% da minha faturação normal (...) mas consola-me que os clientes estão lá", afirma Raphaël Rego, do restaurante parisiense "Oka".
Caso a situação em França continue a melhorar, o confinamento será levantado a 15 de dezembro, sendo substituído por um recolher obrigatório, exceto para as noites de 24 e 31 de dezembro, véspera de Natal e de passagem de ano.
Após quatro semanas de confinamento, a Inglaterra também vai reabrir lojas não essenciais no início do próximo mês, mas a grande maioria dos residentes continuará a viver sob severas restrições.
No País de Gales, o primeiro-ministro anunciou um aumento nas restrições nos bares e restaurantes para limitar a disseminação do novo coronavírus antes do Natal, altura em que toda a população britânica terá permissão para se reunir com a família.
Em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, as ruas hoje estavam vazias e as cortinas fechadas, primeiro dia do recolher obrigatório imposto à noite e nos fins de semana durante os próximos 14 dias.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.433.378 mortos resultantes de mais de 60,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.