O atentado ocorreu na geladaria "Gelato Divino", um estabelecimento "popular" localizado na "movimentada estrada" que leva ao aeroporto internacional da capital somali.
Segundo testemunhas, um homem entrou na loja e detonou os explosivos que levava agarrados ao corpo.
A maioria das vítimas são adultos e líderes comunitários, incluindo um funcionário da embaixada da Somália na Etiópia, informou a comunicação social local, apontando o grupo jihadista Al Shahab como possível responsável pelo ataque.
O ataque ocorreu horas depois de o secretário de defesa em exercício dos Estados Unidos da América (EUA), Christopher Miller, fazer uma visita surpresa a Mogadíscio.
O embaixador da União Europeia na Somália, Nicolás Berlanga, condenou hoje o que classificou de "bárbaro ataque" e enviou as condolências aos familiares das vítimas.
"Todos nós que trabalhamos por uma Somália próspera e estável estamos tristes pela perda de vidas humanas, mas a nossa esperança é mais forte do que a raiva cega", disse Berlanga.
O primeiro-ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble, também condenou o ataque e apelou à unidade na "luta contra o terrorismo" neste país, que prevê realizar eleições parlamentares em dezembro e eleições presidenciais em fevereiro de 2021.
Mogadíscio sofre frequentes ataques da Al Shabab, organização afiliada desde 2012 à rede terrorista Al Qaeda, que controla áreas rurais do centro e do sul da Somália.
Os insurgentes pretendem estabelecer um Estado Islâmico Wahhabi (ultraconservador) na Somália.
A Somália vive um estado de guerra e caos desde 1991 quando o ditador Mohamed Siad Barre foi deposto, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas.
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