As escolas tinham sido encerradas há menos de duas semanas, mas depois de receber duras críticas por mandar alunos para casa, enquanto as lojas ou restaurantes estavam abertos, o Conselho da Cidade de Nova Iorque retrocedeu e apresentou um novo plano para que o ensino possa voltar a parte dos seus estabelecimentos.
A partir de 7 de dezembro, os alunos do ensino básico poderão regressar às aulas presenciais, enquanto os alunos dos níveis mais avançados continuarão com as aulas 'online'.
As crianças com deficiências graves também voltarão às escolas a partir de 10 de dezembro, anunciou o prefeito Bill de Blasio, em conferência de imprensa.
A cidade de Nova Iorque tinha definido critérios rígidos de combate à pandemia, entre os quais o encerramento das escolas públicas e a transferência de todos os alunos para programas 'online', se a taxa de testes positivos na cidade chegasse a três por cento, um número menor do que decidido para o resto do Estado.
Quando os casos de infeção pelo novo coronavírus começaram a aumentar durante o mês de novembro, as escolas foram fechadas, apesar de o número de positivos nas escolas ser muito baixo.
O plano de reabertura exigirá que os alunos que voltem às salas de aula façam testes semanais para covid-19 e, ao contrário do que aconteceu até agora, permitirá que as crianças frequentem a escola cinco dias por semana.
Esta nova medida acabará praticamente com o modelo "híbrido" que Nova Iorque tinha implantado, em que os alunos frequentavam o centro dois ou três dias por semana e os demais acompanhavam as aulas por videoconferência, na tentativa de reduzir o número de pessoas presentes em todos os momentos nos edifícios.
Segundo De Blasio, esse novo modelo é baseado na "experiência" adquirida nos últimos meses, e será o que se manterá até que haja uma vacina que permita um certo retorno à normalidade.
Por enquanto, apenas os alunos que se inscreveram para o ensino presencial poderão regressar às aulas, enquanto os que optaram pelas aulas à distância continuarão nesse percurso.
As autoridades estimam que cerca de 335.000 alunos possam voltar à escola, pouco menos de um terço do total que estava matriculado no ano passado na rede pública da cidade, que é a maior dos Estados Unidos e uma das poucas, entre as grandes cidades do país, que optaram pelo ensino presencial.
Os Estados Unidos ultrapassaram hoje o número de 265.000 mortes por covid-19 e os 13 milhões de infetados, ao mesmo tempo que as autoridades alertaram para um aumento dos casos nos próximos dias após o feriado de Ação de Graças.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.453.074 mortos resultantes de mais de 62,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 4.427 pessoas dos 294.799 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.