Suécia fecha escolas secundárias com aproximar do pico da segunda vaga

As escolas secundárias na Suécia vão fechar durante um mês e as aulas serão dadas à distância, anunciou hoje o primeiro-ministro, Stefan Löfven, numa altura em que a segunda vaga da covid-19 atinge o pico no país escandinavo.

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© REUTERS/Pascal Rossignol

Lusa
03/12/2020 14:53 ‧ 03/12/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Estamos a fazer isto para conter o contágio", explicou o chefe de Governo sueco em conferência de imprensa, explicando que a medida será aplicada de segunda-feira até ao reinício do ano letivo, em 06 de janeiro.

Durante a primeira vaga, as escolas secundárias já tinham sido encerradas de meados de março a meados de junho.

Creches, escolas primárias e faculdades, no entanto, permaneceram abertas, o que também se verifica atualmente.

Num país que tem chamado à atenção com uma estratégica amplamente não coerciva, a segunda vaga excedeu em muito as previsões iniciais das autoridades de saúde pública, que agora acreditam que o pico deve ser alcançado em meados de dezembro.

Com 35 mortes registadas nas últimas 24 horas, o número total de vítimas da pandemia ultrapassou hoje os 7.000 óbitos.

Com uma média de 50 a 60 mortes por dia na semana passada, a Suécia está atualmente no maior nível de mortes na segunda vaga da pandemia, mas abaixo dos números registados em meados de abril, com cerca de 100 mortes em média por dia, segundo dados oficiais, compilados pela agência francesa France-Presse.

Perante o aumento, o país nórdico endureceu as restrições desde novembro, incluindo a proibição da venda de álcool depois das 22:00 e de eventos públicos para mais de oito pessoas.

Sem confinamento ou recomendação de uso de máscara, a estratégia atípica da Suécia atraiu muita atenção e polémica nos últimos meses.

Com 7.007 mortes e mais de 272.000 casos num país com 10,3 milhões de habitantes, a nação está entre as maiores vítimas da Europa e com níveis muito superiores do que os seus vizinhos nóricos.

Porém, o Governo sueco não questiona a estratégia, acreditando que ela deve ser julgada a longo prazo.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.482.240 mortos resultantes de mais de 63,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: "Não podemos aliviar", diz Costa; Rt abaixo de 1

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