"Através da nossa parceria com a Fedex e a UPS, já começámos a enviar a vacina para todos os estados e códigos postais do país; a primeira vacina será administrada em menos de 24 horas", disse o republicano num discurso na Sala Oval.
Trump fez o anúncio minutos depois de a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês), a agência que regula a comercialização de medicamentos, ter autorizado o uso de emergência da vacina da empresa farmacêutica norte-americana Pfizer e da alemã BioNTech para prevenir a covid-19, na noite de sexta-feira.
A autorização, que diz respeito ao uso de emergência, um procedimento excecional de pré-aprovação, foi anunciada pela FDA horas depois de a Casa Branca ter pressionado o diretor da agência, Stephen Hahn, a aprovar a vacina até final de sexta-feira, sob pena de ser forçado a demitir-se.
No discurso, Trump explicou ainda que serão os governadores "a decidir para onde irão as vacinas nos seus estados e quem as receberá primeiro".
"Queremos que os nossos idosos, profissionais de saúde e de emergência sejam os primeiros. Isso irá reduzir rápida e dramaticamente as mortes e hospitalizações", acrescentou.
As vacinas estão a ser distribuídas por todo o país como parte do primeiro lote de 2,9 milhões de doses que os responsáveis pela operação de distribuição disseram poder ser enviadas no prazo de 24 horas após a autorização.
A Pfizer também prometeu 25 milhões de doses até final do ano (cada vacina requer duas doses) e, até março, os 100 milhões de doses adquiridas pelo governo Trump por 1,95 mil milhões de dólares.
A autorização da vacina da Pfizer surge numa altura em que os Estados Unidos registam recordes sucessivos de casos e mortes provocadas pelo novo coronavírus, com mais de 200.000 novas infeções diárias nos últimos dias.
Os EUA são o país com o maior número de mortos (294.690) e também de infeções confirmadas (mais de 15,8 milhões).
Trump - derrotado nas eleições presidenciais de 03 de novembro pelo candidato democrata e agora Presidente eleito, Joe Biden -- fez da rápida aprovação de uma vacina contra a covid-19 uma das bandeiras da campanha eleitoral, assegurando sucessivamente que seria distribuído um fármaco eficaz antes do final do ano e que os Estados Unidos seriam o primeiro país a receber a vacina.
Contudo, isso acabou por não acontecer, uma vez que o Reino Unido foi o primeiro país a começar a campanha de vacinação da mesma vacina aprovada na sexta-feira em território norte-americano.