Somando os casos confirmados e suspeitos, o número de mortos ascende a mais de 20 mil, de acordo com o Departamento de Estatística e Informação do Ministério da Saúde.
Informações das autoridades de saúde referem que dez regiões do país apresentam um aumento no número de contágios.
"Isso preocupa-nos profundamente", disse o ministro da Saúde do Chile, Enrique Paris, citado pela EFE.
O governante acrescentou que estão a ser tomadas "medidas mais restritivas face ao avanço da pandemia na região metropolitana e em determinadas regiões ao nível nacional".
Enrique Paris apelou à população chilena para "investir na paciência e na tranquilidade para que depois possa desenvolver as suas atividades no sentido mais lato da palavra".
Em todo o país, 651 pessoas permanecem hospitalizadas, das quais 472 estão com suporte de ventilação mecânica, e 61 encontram-se em estado crítico.
Existem ainda 10.530 casos ativos de SARS-CoV-2 em todo o país.
O Governo anunciou que vai avançar com um plano de imunização, que deverá começar assim que a vacina Pfizer for aprovada pelo Instituto de Saúde Pública do Chile.
"A aprovação pela FDA [agência federal do medicamento] da vacina Pfizer é muito positiva. Esta semana o Instituto de Saúde Pública irá analisar, com o comité de especialistas, esses dados e com base no resultado da FDA poderemos tomar uma decisão esta semana", explicou o ministro.
Cerca de 30.000 doses da vacina Pfizer deverão chegar ao Chile no decorrer deste mês, sendo distribuídas nos territórios mais afetados e na região metropolitana.
O Governo estima que uma segunda onda possa surgir em janeiro e já apontou três cenários hipotéticos, o mais sério dos quais contempla um pico de 9.000 casos diários, quase 2.000 infetados a mais por dia do que durante a fase mais difícil da pandemia, registada em junho.
Com quase 5,7 milhões de testes realizados em nove meses, o Chile é o país que mais rastreios efetua por milhão de habitantes na região e um dos primeiros do mundo.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.595.276 mortos resultantes de mais de 71 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (295.539) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 15,8 milhões).
Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (180.437 mortos, mais de 6,8 milhões de casos), a Índia (142.628 mortos, mais de 9,8 milhões de infetados), o México (113.019 mortos, mais de 1,2 milhões infetados) e o Reino Unido (63.506 mortos, mais de 1,8 milhões de casos).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.