O responsável de relações públicas da Polícia Nacional da Indonésia, Argo Yowono, disse no sábado que o clérigo, interrogado durante 14 horas, ficaria detido pelo menos até 31 de dezembro, "para o impedir de fugir, para evitar a manipulação de provas e para facilitar o processo de investigação".
Desde que regressou a Jacarta do exílio na Arábia Saudita, em 10 de novembro, o clérigo foi acusado de violar as regras sanitárias durante um evento religioso com grande participação e no casamento da filha.
A detenção ocorre dias depois de a polícia ter abatido a tiro seis dos apoiantes de Rizieq que, segundo a versão policial, ameaçaram os agentes com armas.
Rizieq Shihab foi recebido por dezenas de milhares de seguidores quando voltou do exílio. O regresso ocorreu numa altura em que as forças islamitas ganham força política na Indonésia.
O religioso tinha deixado a Indonésia em 2017 para fazer uma 'umrah', ou peregrinação menor, a Meca, após a polícia o acusar num caso relacionado com um 'chat' pornográfico e por alegados insultos à ideologia oficial do Estado. A polícia retirou as duas acusações no ano passado.