Segundo uma mensagem divulgada pela organização na rede social Twitter, o navio que transportava os migrantes foi detido na noite de quarta-feira na costa de um país do Norte de África e os passageiros foram devolvidos à Líbia.
"Reiteramos que a Líbia não é um porto seguro", sublinhou a porta-voz da OIM na Líbia, Safa Msehli, acrescentando que 126 migrantes do navio foram levados para centros de detenção na Líbia.
Desde a revolta de 2011, que derrubou o ditador de longa data, Muammar Kadhafi, a Líbia -- país devastado pela guerra - emergiu como ponto de trânsito dominante para migrantes que querem ir para a Europa vindos de África e do Médio Oriente.
Os traficantes de pessoas costumam amontoar famílias desesperadas em barcos de borracha mal equipados que param e naufragam ao longo da perigosa rota do Mediterrâneo central, sendo que pelo menos 20.000 pessoas já morreram nessas condições desde 2014, de acordo com o OIM.
Nos últimos anos, a União Europeia fez uma parceria com a guarda costeira da Líbia e outros grupos locais para tentar impedir as perigosas travessias marítimas.
Grupos de direitos humanos dizem, no entanto, que essas políticas deixam os migrantes à mercê de grupos armados ou confinados em centros de detenção sem quaisquer condições de segurança ou higiene e onde os abusos de todo o tipo são frequentes.