"Estas restrições entrarão em vigor à meia-noite (21h em Lisboa) de 22 de dezembro e permanecerão em vigor durante uma semana", disse o Governo russo em comunicado, especificando que as medidas foram tomadas "devido a uma degradação da situação epidemiológica".
A agência de saúde russa Rospotrebnadzor adiantou estar a "estudar cuidadosamente" as "alterações genéticas do novo coronavírus", indicando que "as mutações observadas (...) dificilmente têm consequências clínicas".
"Os efeitos precisos destas mutações ainda não foram totalmente determinados", admitiu a Rospotrebnadzor.
A lista de países que decidiram suspender a entrada de viajantes com proveniência do Reino Unido continua a crescer após a descoberta dessa nova variante do coronavírus em território britânico.
Em alguns casos, as restrições estendem-se a outros países onde a nova estirpe foi detetada, como África do Sul e Dinamarca.
O ministro da Saúde britânico afirmou no domingo que a nova estirpe estava "fora de controlo", sendo necessário impor novas restrições em Londres e partes da Inglaterra, acrescentando que estas medidas podem durar até à implantação da vacina.
"Infelizmente, a nova estirpe está fora de controlo. Tivemos de retomar o controlo e a única maneira de fazer isso é restringir os contactos sociais", afirmou, em declarações à Sky News, o ministro de saúde britânico, Matt Hancock.
"Será muito difícil mantê-lo sob controloaté que uma vacina seja implantada", referiu.
Os negócios não essenciais foram fechados e todas as viagens para fora dessas zonas de alerta máximo, seja para outro lugar no Reino Unido ou para o estrangeiro foram proibidas.
A Rússia restabeleceu, em agosto, as ligações aéreas com o Reino Unido, quatro meses após tê-las suspendido devido à primeira vaga da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.685.785 mortos resultantes de mais de 76,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (317.597) e também com mais casos de infeção confirmados (mais de 17,8 milhões).
Seguem-se, em número de mortos, o Brasil (186.764 mortos, mais de 7,2 milhões de casos), a Índia (145.810 mortos, mais de 10 milhões de infetados), o México (118.202 mortos, mais de 1,3 milhões infetados) e a Itália (68.799 mortos, mais de 1,9 milhões de casos).
A Rússia, com mais de 2,8 milhões de casos e 50.858 mortos, é o quarto país do mundo em número de infetados, depois de EUA, Índia e Brasil, seguindo-se a França (mais de 2,4 milhões de casos e 60.418 mortos), o Reino Unido (mais de 2 milhões de casos, 67.401 mortos) e a Itália (mais de 1,9 milhões de casos, 68.799 mortos).
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