Aprovada em 21 de dezembro pela Agência Europeia do Medicamente (EMA) e pela Comissão Europeia, a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech começou a ser distribuída ao mesmo tempo pelos 27 Estados-membros -- um compromisso de Bruxelas para assegurar um tratamento igual para todos -, embora nem todos comecem a administrá-la hoje.
Na Hungria, médicos e profissionais de saúde começaram a ser vacinados no sábado, na sequência da chegada dos primeiros carregamentos da vacina contra a covid-19 da Pfizer-BioNTech, tendo a Eslováquia indicado que também ia começar a campanha no mesmo dia. Também na região da Saxónia-Anhalt, no nordeste da Alemanha, começaram a ser administradas vacinas no sábado.
A Comissão Europeia apontou, de resto, o arranque da campanha na Europa para um período de três dias, os chamados "Dias da Vacinação da UE", 27, 28 e 29 de dezembro, e hoje será o dia em que efetivamente mais Estados-membros começarão a administrar a vacina, mesmo que simbolicamente, na esmagadora maioria dos casos a profissionais de saúde ou a idosos, grupos considerados prioritários.
Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha e Bélgica encontram-se entre os países da UE que hoje começam a utilizar a vacina da Pfizer-BioNTech, que já há algum tempo começou a ser administrada noutros países do globo, incluindo Estados Unidos e Reino Unido, enquanto vários países avançaram para a vacina Sputnik V, desenvolvida pela Rússia. Mas outros Estados-membros iniciarão a vacinação noutros dias ou mesmo só no próximo ano, como a Holanda, por exemplo, que começará apenas em 08 de janeiro de 2021.
Bruxelas adquiriu 200 milhões de doses da vacina da Pfizer e BioNTech, tendo a comissária da Saúde, Stella Kyriakides, explicado em entrevista à Lusa e outros órgãos de comunicação social europeus que o fornecimento dos lotes aos Estados-membros prosseguirá ao longo dos últimos dias do ano, num regime semanal no início do próximo ano, e será intensificado no segundo trimestre de 2021, sendo previsível que tenham acabado de ser administrados apenas em setembro.
Contudo, em breve outras vacinas contra a covid-19 deverão estar disponíveis na UE, já que a Comissão Europeia tem uma carteira com cinco outras potenciais vacinas, desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna, devendo esta última ser a próxima a receber 'luz verde' da EMA, que agendou o seu parecer científico em 06 de janeiro.
Bruxelas já advertiu que "ainda não é o momento de declarar vitória" sobre a pandemia, com a comissária da saúde a sublinhar que "as vacinas não salvam vidas, o que salva vidas é a vacinação", pelo que agora segue-se o "grande desafio" que representa "uma campanha de vacinação em massa sem precedentes" em todo o território da UE e países parceiros.