A informação foi avançada pelo ministro dos Assuntos Estrangeiros, Peter Szijjarto, num vídeo publicado na rede social Facebook onde anunciou a chegada dos seis milhares de doses da vacinae referiu que, agora, "cabe aos especialistas "tomar uma decisão" sobre a sua utilização.
"Tendo por base o nosso anterior acordo, prossegue a cooperação entre a Rússia e a Hungria", declarou Szijjarto.
Moscovo entregou, em novembro, uma primeira amostra da Sputnik V, da qual o presidente Vladimir Putin garante uma eficácia de 95% na prevenção da covid-19.
Porém, no início de novembro, a Comissão Europeia alertou a Hungria de que "uma vacina só poderia obter uma autorização de comercialização após um estudo aprofundado" pelo regulador oficial, a Agência Europeia do Medicamento (EMA).
No entanto, segundo o ministro Peter Szijjarto, o governo de Viktor Orban está "aberto a todos os desenvolvimentos de vacinas bem-sucedidos", sejam estas "criadas no Ocidente ou no Oriente".
A Hungria começou a vacinar profissionais de saúde em hospitais no sábado, poucas horas depois de receber as primeiras doses da vacina da Pfizer-BioNTech, aprovada pela UE.
Frequentemente acusada por Bruxelas de desrespeitar os valores democráticos, a Hungriadestacou-se ao iniciar a campanha de vacinação um dia antes do previsto em toda a União Europeia.
O país encetou ainda contactos com laboratórios chineses e israelitas que estão a desenvolver as suas próprias vacinas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.765.049 mortos resultantes de mais de 80,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Leia Também: Vacina da Novavax em novos ensaios com 30.000 voluntários