O governador da região, Mohamed Gharé, que no domingo indicou que os corpos de 11 pessoas estavam na morgue de Macenta, assumiu hoje, sem dar mais detalhes, que o número de mortos é maior.
No sábado, a cidade de Macenta foi palco de confrontos entre membros das comunidades Tomas, geralmente animistas, e Tomas Mania, sobretudo muçulmanos.
Os confrontos continuaram no domingo apesar dos reforços para conter a violência provenientes das cidades vizinhas de Gueckédou e N'Zérékoré.
Segundo o eleito local citado pela agência noticiosa francesa AFP, 17 corpos foram identificados e encaminhados para a morgue do hospital de N'Zérékoré, enquanto os restantes foram enterrados no local, lançados no mato ou em poços.
O diretor do hospital de Macenta, Kaba Condé, disse, sem precisar números, que foram conduzidos cadáveres para N'Zérékoré.
As comunidades Tomas e Tomas Mania, que coabitam há vários séculos, disputam a paternidade da cidade de Macenta, de acordo com um responsável administrativo.
Fontes locais adiantaram à AFP que a violência teve origem numa nova residência do patriarca dos Tomas e a sua entronização em Macenta, às quais se opõem os membros da comunidade Tomas Mania.
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