Violência intercomunitária na Guiné-Conacri faz mais de 20 mortos

A violência entre duas comunidades em Macenta, no sul da Guiné-Conacri, fez no sábado mais de 20 mortos, afirmou hoje um eleito local citado pela AFP, que pediu para não ser identificado.

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Lusa
29/12/2020 21:44 ‧ 29/12/2020 por Lusa

Mundo

Guiné-Conacri

O governador da região, Mohamed Gharé, que no domingo indicou que os corpos de 11 pessoas estavam na morgue de Macenta, assumiu hoje, sem dar mais detalhes, que o número de mortos é maior.

No sábado, a cidade de Macenta foi palco de confrontos entre membros das comunidades Tomas, geralmente animistas, e Tomas Mania, sobretudo muçulmanos.

Os confrontos continuaram no domingo apesar dos reforços para conter a violência provenientes das cidades vizinhas de Gueckédou e N'Zérékoré.

Segundo o eleito local citado pela agência noticiosa francesa AFP, 17 corpos foram identificados e encaminhados para a morgue do hospital de N'Zérékoré, enquanto os restantes foram enterrados no local, lançados no mato ou em poços.

O diretor do hospital de Macenta, Kaba Condé, disse, sem precisar números, que foram conduzidos cadáveres para N'Zérékoré.

As comunidades Tomas e Tomas Mania, que coabitam há vários séculos, disputam a paternidade da cidade de Macenta, de acordo com um responsável administrativo.

Fontes locais adiantaram à AFP que a violência teve origem numa nova residência do patriarca dos Tomas e a sua entronização em Macenta, às quais se opõem os membros da comunidade Tomas Mania.

Leia Também: Chefe das Forças Armadas guineenses constrói liceu na sua aldeia natal

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