"Não tenho medo de fazer o juramento de posse ao ar livre", assegurou Biden hoje, em declarações aos jornalistas, após ter recebido a segunda dose da vacina contra a covid-19.
Biden reiterou que Trump "não deveria estar no poder", mas não se pronunciou sobre a decisão dos democratas de avançarem com um pedido de destituição do presidente cessante, acusado de incitar à violência, se o vice-presidente, Mike Pence, não o afastar, recorrendo à 25.ª emenda da Constituição.
O presidente eleito também disse que espera que aqueles que tiveram comportamentos "sediciosos" no ataque ao Capitólio respondam por isso.
Biden vai tomar posse no próximo dia 20, numa cerimónia que tradicionalmente tem lugar na escadaria do Capitólio.
O Pentágono vai destacar mais de 10.000 membros da Guarda Nacional para garantir a segurança, enquanto a presidente da câmara de Washington, Muriel Bowser, pediu ao público para não assistir à cerimónia, de forma a evitar concentrações, com receio de novos confrontos.
O ataque ao Capitólio por apoiantes de Trump teve lugar na passada quarta-feira, quando se procedia no Congresso à certificação da vitória eleitoral de Biden. Pouco antes, numa intervenção perante apoiantes seus concentrados em frente à Casa Branca, Trump repetiu as acusações de fraude eleitoral, rejeitadas pelas autoridades eleitorais e pelos tribunais norte-americanos.
Hoje, Biden também criticou a situação sanitária nos Estados Unidos, considerando que é "um escândalo" que morram entre 3.000 e 4.000 pessoas diariamente devido à pandemia.
O presidente eleito assegurou que vai apresentar um plano para acelerar a distribuição e administração de vacinas, uma vez que a campanha de vacinação não está a decorrer ao ritmo desejado.