A Malásia declarou pela última vez uma emergência em 1969, após sangrentos tumultos raciais que mataram centenas de pessoas.
O rei pode declarar o estado de emergência, que permite que o país seja governado através de decretos que não podem ser contestados em tribunal.
O primeiro-ministro malaio garantiu aos cidadãos num discurso televisivo que a declaração de emergência não era "um golpe militar e que o recolher obrigatório não será aplicado".
O número de casos de covid-19 no país passou de pouco mais de 15.000 há três meses para 138.224, incluindo 555 mortes.
Muhyiddin Yassin acrescentou que o seu Governo civil permanecerá no poder durante este período, que durará até 01 de agosto ou antes, dependendo da situação da pandemia.
A declaração de emergência surgiu com surpresa apenas um dia depois de Muhyiddin ter anunciado que a maior cidade da Malásia, Kuala Lumpur, a capital administrativa Putrajaya e cinco estados de alto risco irão regressar a um quase bloqueio a partir de quarta-feira, durante duas semanas.
Surge também numa altura de ameaças por parte da Organização Nacional dos Malaios Unidos, o maior partido da coligação governamental, de retirar o apoio a Muhyiddin, para que se pudessem realizar eleições gerais antecipadas.
Muhyiddin disse que convocará uma eleição geral assim que a pandemia estiver relativamente controlada, quando for seguro realizar eleições.