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"Israel não é uma democracia. É um regime de apartheid"

Um grupo de defesa dos direitos humanos considera que o objetivo de Israel é "cimentar a supremacia de um grupo – judeus – sobre outro – palestinianos". O B'Tselem apela à "ação" da comunidade internacional face às políticas israelitas relativamente aos palestinianos.

"Israel não é uma democracia. É um regime de apartheid"
Notícias ao Minuto

19:59 - 12/01/21 por Notícias Ao Minuto

Mundo Israel/Palestina

Num relatório publicado esta terça-feira, o B'Tselem, o grupo de defesa dos direitos humanos mais reconhecido de Israel, afirma que a nação do Médio Oriente deixou de ser uma democracia e que se tornou num “regime do apartheid” que pretende “cimentar a supremacia” dos judeus sobre os palestinianos, de acordo com a CNN. O relatório tem o título de ‘Um regime de supremacia judaica do rio Jordão ao mar Mediterrâneo: Isto é apartheid’.

O B'Tselem refere que a visão tradicional de Israel como uma democracia que opera paralelamente à ocupação temporária israelita em territórios “impostos a cerca de cinco milhões de palestinianos…está divorciada da realidade”.

“Mais importante, a distinção ofusca o facto de que toda a área entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo está organizada sob um princípio único: avançar e cimentar a supremacia de um grupo – judeus – sobre outro – palestinianos”, acrescentou o grupo de direitos humanos.

Para o B'Tselem, anos de injustiça contra os palestinianos resultaram em leis que entranharam a discriminação, o que, para este grupo, significa que “a fasquia para definir o regime israelita como apartheid foi atingida”.

“Israel não é uma democracia com uma ocupação temporária ligada a si. É um regime entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, e temos de olhar para o panorama geral e vê-lo como é: apartheid. Este olhar sério à realidade não tem de levar ao desespero, mas sim o contrário. É um apelo à mudança. Afinal, as pessoas criaram este regime, e as pessoas podem mudá-lo”, fez notar o diretor executivo do B'Tselem, Hagai El-Ad.

A organização apela à “ação” da comunidade internacional face às políticas de Israel relativamente ao povo palestiniano.

Na última década, os tradicionais aliados europeus de Israel têm seguido com preocupação a constante perda de território palestiniano para os colonatos judeus na Cisjordânia, que são considerados ilegais pela lei internacional.

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