Uma das variantes sofreu uma mutação semelhante à registada no Reino Unido, enquanto outra, nunca vista, foi detetada em Columbus, no estado do Ohio, onde se tornou na variante dominante em poucas semanas.
"A variante de Columbus tem a base genética de casos semelhantes que estudámos, mas apresenta três mutações que significariam uma evolução muito importante", afirmou o professor de patologia da Universidade de Ohio State, Dan Jones, citado pela agência noticiosa Efe.
De acordo com Jones, a nova variante "aumentou a transmissibilidade [do coronavírus] em comparação" com o vírus original, com o investigador a acreditar que as medidas de confinamento não serão suficientes para impedir a propagação desta estirpe.
As duas variantes têm origem em mutações dentro dos Estados Unidos e não foram importadas de outros países desde março, quando foram iniciadas as sequenciações.
A investigação, que ainda não foi revista, aponta que o coronavírus SARS-CoV-2 está a experienciar um período de alterações significativas na sua composição genética.
Os investigadores assinalaram que é demasiado cedo para entender se as novas variantes estão a responder às vacinas que estão a ser administradas desde dezembro à população em risco nos Estados Unidos.
O grupo de trabalho da Casa Branca sugeriu no início do mês que poderá haver uma "variante dos EUA" devido ao aumento das infeções ocorridas no país durante os últimos meses.
Os Estados Unidos têm somado, diariamente, entre 200.000 a 300.000 novos casos de covid-19, assim como mais de 4.000 mortes por dia.
Desde o início da pandemia, os EUA acumularam 22,8 milhões de casos confirmados e mais de 380 mil mortos.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.963.557 mortos resultantes de mais de 91,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.