Militar dos EUA detido por tentar ajudar o Daesh a realizar ataques
Um militar norte-americano foi detido acusado de tentar conspirar com o Estado Islâmico (EI) na realização de um ataque a Nova Iorque e na ajuda ao grupo terrorista para matar tropas dos EUA no Médio Oriente.
© iStock
Mundo Estados Unidos
Segundo divulgaram na terça-feira as autoridades dos Estados Unidos, Coles James Bridges, de 20 anos, nascido no Estado do Ohio, estava destacado na base de Fort Stewart, na Geórgia, como membro da terceira divisão de infantaria do exército norte-americano e foi detido após uma investigação do FBI.
Bridges começou a comunicar em outubro de 2020 com uma pessoa que supostamente estava em contato com combatentes do EI, mas que na verdade era um agente do FBI, revelou a acusação, citada pela agência EFE.
Nessas conversas, o soldado manifestou a sua frustração com o exército dos EUA e o seu desejo em auxiliar o grupo terrorista, oferecendo ajuda direta para facilitar possíveis ataques em locais emblemáticos de Nova Iorque, como o memorial dos ataques do 11 de setembro, acrescenta.
O detido forneceu ainda ao agente federal um manual de treino do exército e informações sobre táticas de combate, discutindo ainda formas de atacar as tropas norte-americanas no Médio Oriente.
Entre outras informações, forneceu diagramas de manobras militares para ajudar o EI a maximizar os danos nos seus ataques, e conselhos sobre como fortalecer um acampamento militar para repelir ataques das forças especiais dos EUA.
Em janeiro, Bridges enviou ao agente do FBI, que acreditava ser um simpatizante do grupo terrorista, um vídeo no qual ele aparece ao lado de uma bandeira usada por membros do grupo terrorista e mostra o seu apoio à organização.
Uma semana depois, continua a acusação, enviou um outro vídeo onde, com a voz manipulada, narrava uma mensagem de propaganda em apoio a uma possível emboscada contra as tropas norte-americanas.
"Bridges é acusado de dar conselhos militares e instruções sobre como matar outros soldados a indivíduos que ele acreditava fazerem parte do EI. Esta suposta traição pessoal e profissional aos seus camaradas e ao seu país é terrível de ver, mas felizmente o FBI foi capaz de identificar a ameaça que representava", destacou o procurador-geral do distrito sul de Nova Iorque, em comunicado.
O jovem agora detido começou a consumir propaganda jihadista através da Internet em 2019, expressando apoio ao EI nas redes sociais, antes de começar a comunicar com o agente disfarçado do FBI.
Atualmente recaem sobre ele duas acusações, com pena máxima de 20 anos de prisão cada uma, segundo a acusação.
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